A Venezuela chegou a acordo com a Rússia para comprar dez milhões de doses de vacinas Sputnik-V, contra a covid-19, anunciou no domingo o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
“Garantimos mais de dez milhões de vacinas para o primeiro trimestre do próximo ano (…) e também que a Venezuela fabricará a vacina russa nos seus laboratórios”, realçou Maduro durante um evento oficial em Caracas, transmitido pelo canal de televisão governamental, citado pela agência Lusa.
Segundo Maduro, a delegação do governo que se deslocou à Rússia, liderada pelo vice-presidente venezuelano, Delcy Rodriguez, teve como principal objetivo “fechar acordos sobre a vacina”.
“Vamos garantir a produção da vacina e garantir o abastecimento a partir de janeiro”, sublinhou Delcy Rodriguez, presente também no evento.
O fundo soberano da Rússia (RDIF) e o instituto de investigação da Gamaleia elogiaram a eficácia da vacina russa Sputnik-V, que está atualmente na terceira fase de ensaios clínicos, em que participam 40 mil voluntários.
E garantiram que a vacina tem uma eficácia de 92%, poucos dias depois do anúncio da vacina desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Pfizer e a alemã BioNTech, com uma eficácia de 90 por cento.
O Governo da Venezuela disse ter contido o aumento de infeções naquele país, que tem 30 milhões de habitantes, e que oficialmente regista 96.933 casos confirmados de covid-19 e 848 mortos, desde março. Estes números são questionados pela oposição e por organizações não-governamentais, que consideram a situação muito mais grave.
No início de outubro, o país recebeu uma remessa da vacina russa para ensaios clínicos em dois mil voluntários, onde se incluiu o filho do presidente, Nicolas Maduro Guerra.
Também em outubro, Maduro anunciou que a vacinação começaria entre dezembro e janeiro, numa altura em que o país aguarda a chegada das vacinas da China e da Rússia, dois dos seus principais aliados.
// Lusa
Coronavírus / Covid-19
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