O atual Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou aos comícios na segunda-feira, na Florida, e levou debaixo do braço uma nova estratégia.
Donald Trump tem feito vários ataques ao seu adversário democrata, Joe Biden, mas a estratégia parece não estar a resultar, uma vez que Biden continua a liderar as sondagens a nível nacional e a surgir ligeiramente à frente das intenções de voto nos estados decisivos, como a Florida.
Por isso, avança o Público, alguns analistas apontam para uma mudança na estratégia da campanha republicana, que se prepara para pôr o foco dos ataques em Kamala Harris, a “vice” de Biden.
Newt Gingrich, antigo líder da Câmara dos Representantes e apoiante de Donald Trump, tem pressionado a campanha do atual Presidente para associar a senadora ao rótulo de extremista.
“Se os eleitores perceberem a dimensão do seu radicalismo, vão concluir que seria demasiado arriscado ter uma pessoa assim na Casa Branca”, disse à Associated Press.
Na semana passada, depois do debate entre Kamala Harris e Mike Pence, Trump chamou “monstro” e “comunista” a Kamala, nos primeiros ataques à senadora democrata. “Ela é uma comunista. Não é uma socialista, está muito para lá disso. Ela quer abrir as fronteiras e permitir que assassinos e violadores entrem no nosso país”, disse à Fox Business.
Numa outra entrevista, à Fox News, o presidente salientou o fantasma da sucessão de Biden (que, a ser eleito, será o Presidente mais velho da história do país, tomando posse do cargo com 78 anos) e insinuou que Kama Harris sucederá ao candidato democrata “três meses após a tomada de posse”.
Recorde-se que, de acordo com o El Economista, Donald Trump disse, em agosto, que ouviu que Kamala Harris não era elegível para o cargo de vice-presidente da Casa Branca, com base num boato que sugeria que pode não ter nascido em território norte-americano.
Em causa está a cláusula de cidadania presente na 14.ª emenda da constituição norte-americana, que define quem tem direito a ter cidadania norte-americana.
A congressista democrata pelo estado de Ohio, Marcia Fudge, chama a atenção para os ataques racistas e misóginos levados a cabo por alguns membros do Partido Republicano, e em particular Trump.
“É realmente um esforço para dizerem à sua base: ‘Olhem, não queremos que uma mulher negra seja Presidente, que uma pessoa negra assuma o poder caso aconteça algo a Joe Biden’”, disse à AP. Ainda assim, a congressista defende que os esforços para colar Kamala Harris a uma imagem de radicalismo “não fazem qualquer sentido”.
Trump está desesperado. Vale tudo para não perder a presidência.
E o desespero dá votos?
Aparentemente foi uma boa estratégia para terem pena dele, faltar aos debates e “ganhar” as eleições, mas só se o povo americano estiver CEGO.