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Entre “respostas ausentes” e cedências parcas, acordo escrito entre PCP e PS “não se coloca”

António Cotrim / Lusa

Em entrevista ao Telejornal da RTP, Jerónimo de Sousa diz que as respostas do Governo para o OE2021 ainda estão longe daquilo que o PCP considera ser o necessário.

Esta quinta-feira, numa breve entrevista ao Telejornal da RTP, o secretário-geral do PCP disse que há “respostas ausentes” neste Orçamento do Estado e afirmou que a questão de um acordo escrito entre o PCP e o PS “não se coloca“. Em relação ao sentido de voto dos seus dez deputados, o partido só tomará decisões “tendo em conta conteúdos concretos”.

“Tendo em conta os conteúdos concretos é que determinaremos a nossa posição”, garantiu Jerónimo de Sousa. O comunista repetiu ainda que “continua a haver em muitas matérias uma posição” em que o partido não acompanha o Governo.

Não há um processo fechado nessas conversas, nesse relacionamento institucional, bilateral, entre nós e o Governo”, sublinhou.

Ainda assim, Jerónimo admitiu que se nota “alguma evolução” e “acolhimento” de ideias por parte do Executivo de António Costa, mas ainda se está longe daquilo que o PCP entende como necessário para que o OE2021 responda às necessidades dos trabalhadores e do povo.

Há respostas ausentes neste Orçamento do Estado”, frisou, referindo-se ao aumento geral dos salários e do salário mínimo em particular, à valorização das reformas e pensões, às questões relacionadas com creches e infantários e à falta de assistentes operacionais na educação, elenca o Público.

Questionado sobre um eventual acordo escrito, o secretário-geral do PCP disse que a questão “não se coloca” e que o de 2015 existiu apenas porque resultou de “uma exigência do então Presidente da República que insistia que era preciso um papel”.

“Nós não entendemos que isso seja uma questão a colocar.”

ZAP //

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