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Empresas em lay-off devem requalificar trabalhadores (e não há sinais de aumentos de falências)

António Cotrim / Lusa

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira

O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, disse, em entrevista à TSF, que se o regime de lay-off simplificado for prolongado além do final de julho, será destinado apenas a empresas com perdas relevantes em relação às receitas dos anos anteriores.

Em entrevista à TSF, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, disse que, se o regime de lay-off simplificado for prolongado além do final de julho, será destinado a empresas com perdas relevantes em termos de receitas.

Para o governante, faz sentido manter o regime de lay-off simplificado em alguns setores “como o turismo e algumas indústrias”, “porque a retoma será mais lenta”.

O ministro disse ainda que o período alargado deve ser aprovado pelas empresas para requalificar e formar os trabalhadores. Segundo Siza Vieira, as próprias empresas sugeriram essa contrapartida.

O Expresso avançou no sábado que o Governo está a preparar uma nova extensão do lay-off simplificado para lá de 31 de julho. A ideia é ter o lay-off simplificado para as empresas que tiverem de continuar fechadas, com 66% dos salários auferidos, ter a extensão do lay-off para empresas com descidas acentuadas de faturação e o apoio à retoma para negócios que já apresentaram melhorias.

Siza Vieira considera ser melhor apoiar as empresas e “manter os sistemas produtivos e o emprego”, mesmo que as empresas não resistam quando os apoios acabarem, do que atirar os trabalhadores para o desemprego agora.

Apesar de o Governo ainda não ter números claros, o governante afirmou à TSF que, nesta altura, não há aumento de falências em relação aos anos anteriores.

Em relação à eventual necessidade de socorrer empresas, o ministro admitiu que o Estado pode vir intervir em algumas. Sem falar em nacionalizações, Siza Vieira disse que a União Europeia definiu os termos em que essas intervenções podem acontecer para não ferir as regras da concorrência e da transparência.

Questionado sobre a nacionalização da maioria do capital da Efacec, o ministro disse que não teve a ver com dificuldades criadas pela pandemia, mas sim com o impasse acionista, motivado por um processo judicial, que estava a causar problemas de tesouraria. O ministro da Economia disse esperar tirar o Estado da Efacec nos próximos meses.

ZAP //

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