Donald Trump decidiu suspender a emissão de novos vistos de trabalho e residência nos Estados Unidos até 2021 para “maximizar as oportunidades dos trabalhadores americanos para encontrarem emprego”.
O Governo dos Estados Unidos vai congelar a emissão de novos vistos de trabalho e de residência para alguns cidadãos estrangeiros, pelo menos até ao final do ano, anunciou esta segunda-feira um alto responsável norte-americano.
“Como parte dos nossos esforços para a recuperação com o lema ‘Estados Unidos primeiro’, o Presidente decidiu suspender certos tipos de vistos pelo menos até ao final do ano”, destacou o funcionário da administração norte-americana, numa chamada com jornalistas organizada pela Casa Branca.
A medida será aplicada nos vistos tipo H-1B, H-2B, H-4, L-1 y J-1 e nos vistos de residência conhecidos como green cards, o que pode evitar a entrada no país de mais de 240 mil estrangeiros.
Segundo a EFE, o Governo justificou que esta decisão tem como objetivo “maximizar as oportunidades dos trabalhadores americanos para encontrarem emprego“, num momento em que a taxa de desemprego naquele país se fixa nos 13,3%.
Realçou ainda que há empresas nos Estados Unidos, como a gigante do entretenimento Disneyland, ou a operadora telefónica AT&T, entre outras, que utilizam o mecanismo de subcontratação de empregados estrangeiros que limitam as possibilidades de trabalho para os nascidos nos Estados Unidos.
A medida é em parte uma extensão da decisão tomada por Donald Trump em abril para suspender a emissão de vistos de residência permanente [green card] para imigrantes, como consequência da destruição de emprego sem precedentes provocada pela pandemia de covid-19.
Entre os visados pela medida encontram-se os vistos H-1B, destinado a alguns trabalhadores qualificados, como da indústria tecnológica, o H-4, para os companheiros/as destes empregados, e o L-1, para dirigentes que trabalhem em grandes empresas.
Permissões de vistos de emprego como o H-2B, para trabalhadores do setor hoteleiro e da construção, e o J-1s, para investigadores, professores de investigação e outros programas de intercâmbio de emprego, como bolsas de estudo, também ficam paradas até janeiro de 2021.
Em princípio, esta medida não afetará trabalhadores estrangeiros já nos EUA, no entanto, terá impacto em centenas de empresas e milhares de pessoas, já que no ano fiscal de 2019, os Estados Unidos concederam o visto H-1B a cerca de 130 mil trabalhadores, o L-1a a 12 mil e o H-2B a mais de 98 mil funcionários.
Trump admite que número de mortos atinja os 150 mil
O balanço da pandemia de covid-19 nos Estados Unidos pode superar os 150 mil mortos, estimou esta segunda-feira o Presidente do país, durante uma entrevista na Casa Branca, o que compara com as atuais 120 mil vítimas mortais.
O balanço atual é “provavelmente de 115 (115 mil), mas pode ir um pouco mais acima, até 150 (150 mil), talvez mesmo mais, mas ter-se-iam perdido dois a quatro milhões de vidas” se o país não tivesse tomado medidas para diminuir a propagação do novo coronavírus, disse Trump, durante uma entrevista à Spectrum News.
Donald Trump referiu-se ao modelo avançado pelo Imperial College of London, que anunciou em meados de março um balanço possível de 2,2 milhões de mortes nos EUA se nenhuma medida fosse tomada. Segundo a Universidade Johns Hopkins, o balanço das mortes nos EUA atingiu esta segunda-feira os 120 mil.
“Fizemos um bom trabalho e agora estamos a repor o país de pé”, declarou, durante a entrevista realizada na Casa Branca.
Interrogado sobre a oportunidade de organizar novos encontros de campanha eleitoral, quando vários estados do sul e oeste do país conhecem um novo surto de infeções, Trump disse que a segurança sanitária não estava a ser negligenciada.
“Nós estamos preocupados com a segurança. Queremos desembaraçar-nos desta coisa”, rematou.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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