Nesta segunda-feira, nove países, incluindo Alemanha, França, Grécia, Bélgica, Suíça e Holanda, abrem as suas fronteiras a outros membros da União Europeia (UE), mais um passo na recuperação da Europa em tempos de pandemia.
Segundo noticiou no domingo o Expresso, citando o Financial Times, alguns países europeus já levantaram as barreiras mas há casos, como Portugal e Espanha, que só abrem as fronteiras a 01 de julho. Outros continuam a não permitir a entrada a quem chegue do Reino Unido, embora a UE espere que a zona Shengen abra as suas fronteiras ao mundo a partir de 01 de julho.
Numa reportagem do Financial Times, cinco repórteres fizeram o ponto da situação em Paris, em Madrid, em Roma, em Atenas e em Budapeste, cidades que já abriram aos turistas, embora os números ainda sejam baixos.
De acordo com a jornalista Leila Abboud, em Paris “os engarrafamentos voltaram, as lojas abriram e os terraços dos cafés estão novamente lotados” mas ainda é demasiado fácil encontrar uma cadeira metálica verde livre nos jardins das Tulherias, sinal de que o turismo, “grande motor da economia”, continua ausente.
O governo francês tem incentivado a população a tirar férias no país, mas a ocupação dos hotéis parasienses, em julho e agosto, ainda está nos 25% contra os 70% habituais, dizem os responsáveis do turismo.
O jornalista Kerin Hope referiu que, em Atenas, sente-se a falta dos turistas e citou um guia da Acrópole que lamenta a falta de trabalho, numa altura em que a cidade deveria estar a receber mais de cinco mil visitantes diários só dos navios de cruzeiro.
Já o jornalista Ian Mount contou que, pela primeira vez, conseguiu contemplar, na Plaza Mayor, em Madrid, “sem pressa e em completo silêncio”, os frescos mitológicos floridos de Carlos Franco, na Casa da Panaderia. O turismo representa mais de 12% do PIB e do emprego espanhol.
Em Roma, o turismo está fraco. Embora tenha sido um dos países europeus mais atingidos pela covid-19, o governo italiano decidiu abrir as fronteiras na tentativa de evitar “uma situação de catástrofe para hotéis, restaurantes e outras empresas que dependem dos visitantes”, apontou o Financial Times.
No caso de Budapeste, a diretora administrativa do Festival de Budapeste, Csaba Faix, indicou: “O impacto da pandemia foi devastador”.
Coronavírus / Covid-19
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