Trump de volta aos comícios. EUA ultrapassam os dois milhões de casos

O Presidente dos Estados Unidos anunciou, esta quarta-feira, o regresso dos comícios de campanha, suspensos devido à pandemia de covid-19, e que irão decorrer nos estados da Flórida, Arizona, Carolina do Norte e Oklahoma.

Donald Trump nunca escondeu a vontade em voltar a realizar comícios para a sua recandidatura à presidência dos Estados Unidos, que foram suspensos em março devido à pandemia de covid-19. As eleições estão marcadas para 3 de novembro.

Os responsáveis pela campanha eleitoral do Presidente ainda não forneceram qualquer informação sobre as regras sanitárias que vão ser impostas nestes comícios com grande aglomeração de pessoas, de forma a evitar a propagação do vírus.

Em três dos quatro estados em que vão ocorrer os comícios eleitorais, Arizona, Florida e Carolina do Norte, o número de casos de infeções por covid-19 está a aumentar, segundo noticia o jornal New York Times.

“Vamos recomeçar os comícios e provavelmente o primeiro irá ocorrer em Tulsa (19 de junho), Oklahoma. Haverá um comício enorme na Florida, todos eles serão enormes“, explicou o chefe de Estado.

O Presidente norte-americano fez o anúncio durante uma reunião com apoiantes afro-americanos que decorreu, esta quarta-feira à tarde, e que não estava prevista na sua agenda pública.

Este anúncio acontece numa altura em que o país ultrapassou a marca dos dois milhões de infetados com covid-19, segundo a contagem realizada pela Universidade Johns Hopkins, continuando a ser de longe o país com mais casos no mundo.

De acordo com os números contabilizados diariamente pela universidade, até às 24h30 de quarta-feira (05h30 de quinta-feira em Lisboa) os Estados Unidos registaram 2.000.464 casos de contágio. O país continua a contabilizar perto de 20 mil novos casos por dia.

Desde que a pandemia começou, os Estados Unidos registaram ainda perto de 113 mil mortos. Perto de 520 mil pessoas foram dadas como curadas.

Com meio milhão de testes realizados por dia, os Estados Unidos são, neste momento, o país com maior triagem per capita.

O Instituto de Métricas e Avaliações de Saúde (IHME) da Universidade de Washington calcula que, no início de agosto, os Estados Unidos venham a registar mais de 145 mil mortes.