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Baixar rendas e mais contratos nos cuidados de saúde. As exigência do BE para deixar passar o Suplementar

Rodrigo Antunes / Lusa

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, disse que a descida das rendas e mais contratos nos cuidados de saúde são pontos-chave para que o partido viabilize o Orçamento Suplementar.

Em entrevista à Rádio Renascença, esta quinta-feira publicada, a bloquista defendeu um novo patamar de medidas sociais e económicas para suportar o país, entre as quais se incluiu a descidas da rendas e mais contratos de saúde.

 

Quanto ao arrendamento local, a Catarina Martins assume ser necessário apoiar o setor que vive do turismo, mas diz que não pode ser permitido “nenhum mecanismo de especulação que faça com que estas casas fiquem vazias à espera que a onda passe”.

A resposta de emergência para este setor, continuou a bloquista, tem de ser estrutural e deve passar por colocar estas casas no mercado de arrendamento de longa duração “com preços compagináveis com os salários que são pagos em Portugal”.

Na mesma entrevista, Catarina Martins recorda os cuidados de idosos, frisando que há 4.000 desempregados que se voluntariaram nos centros de emprego para reforçarem estes cuidados, mas para os quais, em vez de um contrato de trabalho, é-lhes disponibilizada uma bolsa. “O Estado deve apoiá-las mas não é para as manter na situação de desemprego. É para lhes garantir o emprego e um contrato de trabalho”.

Questionada sobre se o BE vai viabilizar o Orçamento Suplementar, a líder do BE disse apenas que o partido está a estudar “com muita vontade de construir soluções”.

“Vamos ver. Estamos a estudar. O BE tem muita vontade de construir soluções. E há algo aqui que é determinante: a resposta à crise não pode significar um recuo do que se fez nos últimos anos, não pode significar cortes nem nos rendimentos nem nos direitos. Vai ser preciso um novo patamar de medidas sociais e económicas para suportar o país. Se uma família perde a casa agora, como é que vai reconstruir a sua vida? Na crise financeira, houve pessoas que puderam emigrar. Desta vez, não há para onde ir”, defendeu.

Questionada sobre se traçou linhas vermelhas para apoiar o Orçamento Suplementar, Catarina Martins disse que o BE prefere trabalhar com princípios de progressão, sublinhando que a resposta à crise não se pode fazer com corte de rendimentos.

Nunca negociámos com a ideia de linhas vermelhas, interessa-nos definir princípios de progressão. A resposta à crise não pode significar corte de rendimentos ou direitos e tem que construir a solução que queremos para o futuro”, disse.

ZAP //

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