No espaço de comentário da SIC Notícias, a ex-eurodeputada Ana Gomes disse que ainda está a “refletir” sobre uma eventual candidatura à Presidência da República.
Ana Gomes ainda não tomou uma decisão sobre uma possível candidatura a Belém. A ex-eurodeputada disse que existem, neste momento, “outras prioridades”, por isso ainda está a “refletir”. “Não tenho prazo, nem há pressa”, afirmou.
Ana Gomes agradeceu as “mensagens de simpatia e encorajamento” que tem recebido, mas sublinhou que as presidenciais não são uma questão prioritária.
A ex-eurodepurada socialista Ana Gomes admitiu refletir sobre uma candidatura à Presidência da República depois de, na semana passada, António Costa ter feito alusão à eventual recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa.
Ana Gomes não gostou, mas não foi a única. Manuel Alegre não gostou de ouvir Costa sobre recandidatura de Marcelo porque é preciso respeitar as regras dentro do partido.
Já Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, disse que o Bloco apresentará “no seu tempo” a “sua candidatura” à Presidência da República, considerando ainda que e o PS “anda muito agitado” com este tema.
Ana Gomes aproveitou ainda para deixar uma palavra de apreço à ministra da Saúde, à Direção-Geral da Saúde (DGS) e aos cientistas pelas “coisas positivas e animadoras” sobre a pandemia, mas salientou que é necessário “olhar para os sinais alarmantes” da crise que se adivinha, como o desemprego a subir; “mais de 1,2 milhões de pessoas em lay off; e um “recorde de afluências ao Banco Alimentar e junto da Caritas”.
Para a política, “o lay-off terá de ser prolongado até ao fim do ano”, em termos semelhantes ou de forma adaptada, “tal como as moratórias”. Além disso, para Ana Gomes, todos os trabalhadores têm de ser abrangidos.
A ex-eurodeputada recordou o caso dos artistas. “Sinto-me chocada e entristecida” pela situação que atravessam. “Um país sem cultura não é um país”, disse.
António Costa anunciou um apoio de 30 milhões de euros para a Cultura, que foi recebido com “preocupação” pelo setor das Artes. Há dúvidas quanto à forma como será aplicado o dinheiro e de onde é que ele vem. Enquanto isso, os autarcas dizem que não chega.