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Bruxelas quer angariar 7,5 mil milhões para vacina e tratamentos. Portugal contribui com 10 milhões

Paulo Vaz Henriques / Gabinete Do Primeiro Ministro / Lusa

A Comissão Europeia espera recolher 7,5 mil milhões de euros para a investigação de uma vacina e tratamentos para a covid-19 durante uma campanha mundial de angariação de fundos, que é lançada esta segunda-feira em Bruxelas, na Bélgica. Portugal vai contribuir com 10 milhões.

Países, organizações e empresas de todo o mundo são convidados a participar nesta campanha, organizada pela Comissão Europeia e pelos seus parceiros, e que tem como meta inicial angariar 7,5 mil milhões de euros.

O dinheiro recolhido na campanha destina-se a testes de diagnóstico, vacinas e tratamentos. A partir desta segunda-feira, a Comissão Europeia inicia o registo dos donativos e anunciará as próximas etapas da campanha, que visa desencadear “um processo contínuo de reconstituição de recursos”.

O lançamento da campanha foi feito numa videoconferência de dadores, em Bruxelas, na qual António Costa participou a partir da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. França, Itália, Reino Unido, Alemanha e Noruega são outros dos países europeus que já manifestaram o seu apoio à iniciativa.

De acordo com o Observador, na videoconferência, António Costa anunciou que Portugal vai contribuiu com 10 milhões de euros – um euro por cada português. “Em nome dos dez milhões de portugueses, logo à tarde vamos participar com dez milhões de euros no esforço europeu para a resposta global no combate à covid-19”.

A verba de 10 milhões de euros corresponde a 8,40 milhões de euros de empresas e instituições privadas, 1,55 milhões do governo português e 500 mil euros do banco público, a Caixa Geral de Depósitos (CGD).

Em comunicado, o Governo já tinha dado conta que “além de uma significativa contribuição financeira, juntando o setor público e o privado, os centros nacionais de investigação e desenvolvimento e a indústria farmacêutica estão preparados para integrar parcerias internacionais nas três áreas cobertas pela iniciativa nas três áreas cobertas pela Resposta Global e em todas as fases: investigação, produção e distribuição”.

António Costa lembrou na Gulbenkian que “há uma grande frente, de desenvolvimento de testes numa fase mais avançada desta pandemia, não propriamente de diagnóstico, mas de verificação dos níveis de imunidade na nossa sociedade”.

O chefe de Governo acrescentou que “as empresas estão também a trabalhar ativamente relativamente à terapia”, “quer na produção de equipamentos, designadamente ventiladores, quer no desenvolvimento de moléculas que podem ser utilizadas na fase de tratamentos e na vacinação”. Segundo Costa, é “um esforço conjunto que acrescerá aquilo que é a contribuição monetária que Portugal irá hoje fazer, no esforço de resposta global a esta pandemia”.

Costa disse que “Portugal tem particulares responsabilidades” na luta a nível global, já que os portugueses, além de europeus, são também “iberoamericanos e lusófonos” e partilham a articulação em várias entidades à escala global. Por isso, Portugal deve “ser ponte entre os vários continentes”.

Juntos, podemos vencer este desafio. Podemos ter boas razões para confiar no esforço que os portugueses têm feito para combater esta pandemia. Devemos estar gratos ao esforço que os nossos profissionais de saúde têm feito para combater esta pandemia. Mas temos de ter a consciência: não basta fazer o nosso esforço em casa, temos de nos juntar ao esforço de todos para vencer esta pandemia a nível global”, rematou o primeiro-ministro português.

Em Portugal, morreram 1.043 pessoas das 25.282 confirmadas como infetadas, havendo 1.689 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 245 mil mortos e infetou mais de 3,4 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.

ZAP // Lusa

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