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Um teste negativo passa a ser suficiente para que paciente seja considerado curado

Mário Cruz / Lusa

Um único teste negativo passa a ser suficiente para que pacientes de covid-19 que estejam a ser acompanhados e tratados em casa sejam considerados recuperados.

A nova norma da Direção-Geral de Saúde (DGS), que entra em vigor na terça-feira, estipula que os doentes de covid-19 que estão a ser tratados em casa vão passar a ser considerados recuperados após um único teste negativo. Anteriormente, estes pacientes teriam de fazer dois testes até serem considerados curados.

O anúncio foi feito este sábado pela ministra da Saúde, Marta Temido, e pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, na conferência de imprensa do habitual balanço da situação epidemiológica. Ambas explicaram que esta medida surge em linha “com aquilo que outros países preconizam” e com estudos científicos.

Além disso, de acordo com o Público, pedir e prescrever testes de diagnóstico passa a ser da responsabilidade dos médicos de família e não do SNS 24.

Em declarações à Rádio Renascença, o pneumologista Filipe Froes, que é um dos autores desta norma, explicou que os pacientes internados nos hospitais continuarão a precisar de dois testes negativos para serem considerados curados.

“A mudança é apenas para os doentes que não necessitaram de internamento e que, portanto, se admite que tenham menor carga viral associada à menor expressão da doença. E que na ausência completa de febre e na estabilização clínica, com melhoria clínica dos sintomas durante mais de três dias consecutivos, só necessitam de um teste laboratorial negativo, realizado no mínimo 14 dias após o início dos sintomas, para apresentarem os critérios de cura microbiológica. Os doentes internados mantêm à mesma a necessidade de dois negativos no espaço de 24 horas para serem contabilizados recuperados”, explicou.

Na conferência de imprensa, Marta Temido também mencionou que se está a preparar um eventual desconfinamento e alívio das restrições. No entanto, a ministra da Saúde realça que isto não quer dizer que o problema já tenha passado.

“Na última semana temos trabalhado intensamente na preparação de um eventual desconfinamento. Não significa que o problema está ultrapassado. Apenas começamos a antecipar a luz ao fundo do túnel, mas ainda não chegamos lá”, salientou.

ZAP //

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