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Sugestão sobre injeções de desinfetante foi sarcástica, diz Trump

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Chris Kleponis / EPA

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse esta sexta-feira que as suas observações sobre possíveis injeções de desinfetante para combater o novo coronavírus foram “sarcásticas”.

Donald Trump afirmou na quinta-feira que investigadores estavam a analisar o efeito de desinfetantes sobre o novo coronavírus, aproveitando o seu briefing diário na Casa Branca para perguntar aos jornalistas e a uma especialista presente na sala se a inserção desses químicos nos pulmões poderia ser uma possibilidade de cura.

Fiz uma pergunta sarcasticamente aos jornalistas”, declarou esta sexta-feira o Presidente norte-americano, quando questionado sobre os seus comentários acerca da eficácia de desinfetantes para combater a pandemia de covid-19.

Horas antes, a porta-voz da Casa Branca Kayleigh McEnany tinha oferecido uma outra explicação, referindo que as palavras do Presidente tinham sido tiradas do contexto. “O Presidente disse repetidamente que os americanos devem consultar médicos sobre o tratamento para o coronavírus”, disse Kayleigh McEnany, num comunicado.

A mensagem do Presidente causou alarme na empresa que fabrica os desinfetantes Lysol e Dettol, que emitiu um comunicado a contrariar “recentes especulações”, sem, contudo, mencionar a observação de Trump.

“Como líderes globais em produtos de saúde e higiene, queremos deixar claro que, sob nenhuma circunstância, os nossos produtos desinfetantes devem ser administrados no corpo humano (por injeção, ingestão ou qualquer outra via)”, anunciou a empresa Reckitt Benckiser, em comunicado.

Os investigadores procuram testar o efeito de desinfetantes na saliva e nos fluidos respiratórios, em ambiente de laboratório, explicou William Brian, do setor de Ciência e Tecnologia do Departamento de Segurança Interna, numa informação que provocou o comentário do Presidente.

Marinha dos EUA regista novo surto em navio

Também nesta sexta-feira, as Forças Armadas dos Estados Unidos anunciaram que um surto do novo coronavírus afetou mais um navio da marinha norte-americana.

Pelo menos 17 membros da tripulação do navio ‘destroyer’ “USS Kidd” estão infetados com o novo coronavírus e as equipas médicas estimam que o número possa subir, disse a marinha dos Estados Unidos, num comunicado.

O “USS Kidd” está a navegar nas águas do Caribe, numa missão de combate ao tráfico de droga na região, devendo agora regressar à sua base. Um dos tripulantes que apresentava sintomas de covid-19 foi transportado para um centro médico, onde testou positivo, levando o comandante do navio a pedir o rastreamento dos seus contactos.

“Ele [tripulante] já está a recuperar e vai ficar isolado. Estamos a tomar todas as precauções para garantir que identificamos, isolamos e evitamos a propagação a bordo”, afirmou o contra-almirante Don Gabrielson, comandante do Comando Sul das Forças Navais dos Estados Unidos e da Quarta Frota.

A marinha adiantou que o navio regressará à base, onde a tripulação continuará a limpar e desinfetar o navio, observando os protocolos das autoridades sanitárias.

A marinha norte-americana já tinha registado um outro surto do novo coronavírus a bordo do “USS Theodore Roosevelt”, um porta-aviões ancorado em Guam, onde foram registados mais de 800 casos de contaminação.

Os Estados Unidos já registaram mais de 800.000 casos de infeção com o novo coronavírus, com cerca de 50.000 mortes.

ZAP // Lusa

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1 Comment

  1. Merica!…
    “Sugestão de Donald Trump leva a pico de intoxicações por desinfetante em Nova Iorque”
    cmjornal.pt/mundo/detalhe/sugestao-de-donald-trump-leva-a-pico-de-intoxicacoes-por-desinfetante-em-nova-iorque

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