Advogados dos Hells Angels recusam-se a comparecer em tribunal devido à Covid-19

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Os advogados de defesa da maioria dos 89 arguidos do processo dos Hells Angels não vão comparecer esta quarta-feira ao início da fase de instrução devido à pandemia de Covid-19.

Os advogados consideram que não existem as condições de segurança necessárias para dar início à fase de instrução. O caso tem um arguido preso, o belga Dirk Baete, que não está abrangido pela lei que suspendeu os procedimentos judiciais, avançou o Expresso.

O início da fase de instrução já tinha sido adiado por suspeitas de contágio de uma candidata a estagiária no escritório de um dos advogados, o que levou à libertação de um arguido. Caso não haja uma decisão instrutória até outubro, Dirk Baete também terá de ser libertado.

Citado pelo Expresso, o advogado André Caetano, que defende Baete e outros 17 arguidos, afirmou que “primeiro está a saúde”. Já Lopes Guerreiro disse que ele e o seu cliente não iam comparecer “a qualquer diligência instrutória que se encontre agendada ou seja designada para o período em que vigorar o estado de emergência”.

“Carlos Alexandre vai ter a sala vazia. Antes adiou nas mesmas condições, não percebo porque mudou agora de opinião. O prazo da preventiva só termina em outubro. Em maio admito que já haja condições para esta diligência e não coloca em risco a segurança, dado o expectável fim do estado de emergência”, indicou o advogado Correia de Almeida.

“Nada nos move contra” Carlos Alexandre mas “tudo nos move na defesa da saúde dos nossos constituinte e na defesa da saúde pública”, apontou José Carlos Cardoso, advogado de 35 dos acusados. “Sobretudo quando as leis excepcionais não são cumpridas e as orientações das DGS não são respeitadas”, sublinhou também ao Expresso.

Outro dos advogados, Túlio Araújo, já informou Carlos Alexandre que não estará presente porque sofre “de uma doença respiratória crónica”.

ZAP //

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