Os hospitais privados estão a cobrar aos seus clientes taxas pelos equipamentos de proteção individual que os profissionais de saúde estão a usar devido à pandemia de covid-19.
De acordo com o jornal Público, que avança a notícia esta quarta-feira, os preços cobrados variam de acordo com o tipo de serviço prestado e com o grupo de saúde.
A situação já gerou queixas dos doentes e a Entidade Reguladora da Saúde emitiu um alerta aos prestadores de cuidados de saúde, para que não cobrem estes valores sem informarem previamente os doentes dos custos associados.
Ao jornal, a CUF assumiu que está a cobrar pelo material de proteção que os seus profissionais são obrigados a usar nesta fase. Na CUF, o custo cobrado no atendimento permanente é de oito euros, imagiologia 10 e a diária do internamento custa mais 15 euros por dia. Nos exames especiais, o valor cobrado é de 45 euros e no bloco operatório de 90 euros.
Já o grupo Luz Saúde não cobra nada no atendimento permanente, 10 euros no internamento, entre oito e 10 euros na imagiologia e entre 115 e 175 euros nas cirurgias.
Nos Lusíadas, a taxa adicional é de 10 euros no atendimento permanente, 22 euros no internamento, 98 euros nas cirurgias e sete euros na imagiologia.
Face a esta nova prática, a Entidade Reguladora da Saúde alerta para que os prestadores de cuidados de saúde devem “assegurar aos utentes uma previsão de custos correta sobre a totalidade dos aspetos financeiros relacionados com a prestação de cuidados de saúde e cujo pagamento lhes seja exigível, designadamente, os valores associados a prestações e/ou consumos adicionais estimados em contexto de epidemia SARS-CoV-2”.
Coronavírus / Covid-19
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