O Reino Unido registou mais 861 mortes de pessoas infetadas com covid-19 nas últimas 24 horas, aumentando para 14.576 o número de óbitos durante a pandemia.
De acordo com o Ministério da Saúde britânico, o número total de casos de contágio é agora de 108.692, mais 5599 do que no dia anterior. Na quinta-feira, tinham sido registadas mais 861 mortes e 4618 novos casos.
O Reino Unido é um dos países com maior taxa de letalidade, atrás dos Estados Unidos (mais de 33 mil mortos 671 mil casos de infeção), Itália (22.170 mortos, em 168.941 casos), Espanha (19.478 mortos, 188.068 casos) e França (17.920 mortos, 165.027 casos).
Na quinta-feira, o Governo britânico anunciou que vai prolongar por mais pelo menos três semanas o regime de confinamento obrigatório, que só permite às pessoas saírem de casa para a compra de bens essenciais, como alimentos ou medicamentos, fazer exercício, ajudar pessoas vulneráveis ou trabalhar, se não for possível fazê-lo remotamente.
Espanha registou, nas últimas 24 horas, 585 mortes, uma ligeira subida em relação a quinta-feira, havendo até agora um total de 19.478 óbitos, segundo as autoridades sanitárias.
De acordo com o Ministério da Saúde espanhol, há 5252 novos infetados, um número que aumenta em relação ao dia anterior, sendo agora o total de pessoas que contraíram a doença de 188.068.
As autoridades sanitárias alertam que a metodologia de tratamento dos dados foi alterada, para homogeneizar os números enviados pelas diferentes regiões, o que resultou numa alteração dos números dos dias anteriores.
O número de mortos, que inclui apenas os que apresentaram resultados positivos, é contestado por várias regiões, que afirmam que morreram mais milhares de pessoas devido à doença.
O diretor dos serviços de Alerta e Emergências Sanitárias do Ministério da Saúde, Fernando Simón, explicou em conferência de imprensa que os últimos números “estão um pouco distorcidos” e que o Ministério da Saúde está “a tentar corrigir as séries históricas” enviadas pelas diferentes regiões, com fontes de informação homogéneas.
O estado de emergência está em vigor desde 15 de março, até 25 de abril, e o primeiro-ministro já avisou que a medida ia ser prolongada pelo menos durante mais duas semanas.
Pedro Sánchez prossegue, hoje, a ronda de contactos com os representantes dos partidos políticos, a fim de tentar alcançar um pacto “para a reconstrução social e económica” do país, após o fim dos piores momentos da crise sanitária, que o Executivo considera “cada vez mais próximo”.
Itália atingiu as 22.745 mortes provocadas pelo novo coronavírus ao registar 575 óbitos nas últimas 24 horas, um número superior aos 525 de quinta-feira, mas prosseguiu o recuo do número de infetados e hospitalizados.
Os dados hoje divulgados referem que o número total de casos de contágio pelo novo coronavírus em Itália desde a deteção da doença é de 172.434 pessoas, com um aumento de 3493 entre quinta-feira e hoje, menos que no anterior balanço.
O chefe da Proteção civil Angelo Borrelli, revelou ainda no seu boletim diário que foram registadas 42.727 recuperações de codiv-19 (5563 nas últimas 24 horas, o número mais elevado desde o início da emergência).
O número de pessoas atualmente positivas em Itália é de 106.962, e o aumento diário dos casos confirmados foi de 355. Entre elas, 76.364 estão isoladas em suas casas com sintomas leves (73%), 25.789 ingressaram nos hospitais, e 2.812 encontram-se nos cuidados intensivos.
Número de mortes em França ultrapassa as 18.500
A França registou 418 mortos nas últimas 24 horas em meio hospitalar e 343 mortos nos lares, perfazendo assim um total de 18.681 mortos desde o início da pandemia. Os números do avanço do vírus foram divulgados por Jérôme Salomon, diretor-geral da Saúde.
Desde 1 de março, em meio hospitalar morreram 11.478 pessoas e nos lares foram registados 7203 óbitos no mesmo período, acrescentou.
Em França há 31.190 pessoas hospitalizadas devido à covid-19 e 6027 destes pacientes estão nos cuidados intensivos. Tanto o número de pessoas hospitalizadas como os pacientes em estado grave têm vindo a descer de forma consistente.
A França registou até agora 109.252 casos de covid-19. Dos que foram tratados em hospital, mais de 34 mil foram considerados curados.
Rússia anuncia total de 32 mil casos e 273 mortos
A Rússia contabiliza até hoje um total de 32.008 casos de infetados, 4070 dos quais registados nas últimas 24 horas, anunciaram as autoridades russas.
A maior parte dos casos localizam-se na capital do país com um aumento de 1959 novos contágios; na região de Moscovo verificaram-se mais 472 novos casos e em São Petersburgo mais 424 infetados.
De acordo com o balanço oficial das autoridades russas, morreram 273 pessoas, 41 das quais desde quinta-feira.
Na Rússia foram efetuados 1,7 milhões de testes de diagnóstico, mas as autoridades admitiram que há falhas na fiabilidade do processo.
O Irão anunciou ter registado 89 mortes nas últimas 24 horas, um balanço inferior a 100 mortos pelo quarto dia consecutivo no país mais afetado pela doença no Médio Oriente.
O balanço oficial eleva o total de mortes para 4958, precisou o porta-voz do Ministério da Saúde, Kianouche Jahanpour, na conferência de imprensa diária.
Este foi o sexto dia consecutivo de recuo do número de mortes no Irão, onde foram detetados 1499 novos casos nas últimas 24 horas, elevando para 79.494 o número total de infetados num total de 319.879 pessoas testadas, indicou Jahanpour.
Entre os casos que implicaram internamento hospitalar, 54.064 pessoas estão recuperadas e 3563 permanecem em estado crítico, acrescentou.
Desde o anúncio dos primeiros números em meados de fevereiro, diversas entidades no estrangeiro assinalaram que os números oficiais iranianos podiam estar subestimados.
Na terça-feira, o relatório de um centro de investigação do Parlamento de Teerão indica que os números divulgados oficialmente são unicamente baseados em casos hospitalizados que apresentam “sintomas graves”.
Segundo o relatório, o balanço de mortes será superior em 80% face aos números anunciados pelo Governo, e o número de infeções “oito a dez vezes” mais.
O Ministério da Saúde conformou que os números poderão ser mais devido ao número limitado de testes, mas rejeitou as acusações de estimativas baseadas num “modelo incorreto”.
O Governo iraniano enfrenta em simultâneo a pandemia e as sanções norte-americanas, que estrangulam a sua economia desde que foram reimpostas em 2018, após a retirada unilateral dos Estados Unidos do acordo internacional sobre o nuclear iraniano.
Na República Islâmica permanecem encerradas escolas e universidades, proibidos os grandes eventos e concentrações públicas e ainda vigoram diversas restrições de movimento, apesar de o Governo não ter imposto o confinamento.
O pequeno comércio foi autorizado a reabrir nas províncias e as empresas de “baixo risco” devem começar a funcionar em Teerão a partir de sábado. Esta decisão, criticada por especialistas e em círculos do poder, foi defendida pelo Governo como necessária para contrariar o declínio da economia.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 145 mil mortos e infetou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 465 mil doentes foram considerados curados.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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