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“Seus burros.” Nova Jérsia decidiu revelar os nomes de quem viola o recolher obrigatório

Maxim Shipenkov / EPA

O estado norte-americano de Nova Jérsia está a revelar os nomes de quem viola o recolher obrigatório, uma decisão que partiu do ministro da Justiça estadual, Gurbir Grewal.

De acordo com o Expresso, Gurbir Grewal, ministro da Justiça do estado norte-americano de Nova Jérsia, ordenou a polícia estadual a multar e a recolher toda a informação sobre os indivíduos que violam o decreto do recolher obrigatório (lockdown).

No passado sábado, cerca de 30 indivíduos organizaram um concerto em homenagem à banda Pink Floyd, no bairro de Rumson, e dois deles invadiram a via pública, tentando impressionar o público com os solos de guitarra.

A polícia interveio devido ao aglomerado de pessoas. Uma fonte da assessoria de imprensa da polícia estadual adiantou ao semanário que muitos dos meliantes, acusados de conduta desordeira, gritaram: “Bem-vindos à Alemanha nazi. Que se f… a polícia”.

As penas previstas podem ir até dez anos de prisão e 150 mil dólares, cerca de 137 mil euros, de multa. A medida foi decretada há uma semana e, neste período, mais de 842 pessoas foram multadas.

Anthony Ambrose, vice-diretor do gabinete de saúde pública, disse ao Expresso que a decisão de revelar os nomes era “inevitável”. “Não havia alternativa. Temos grupos de pessoas que simplesmente se recusam a acatar ordens. E porquê? Beber uma cerveja com os amigos pode pôr vidas em risco. Será que não percebem?”

Na terça-feira, Phil Murphy, governador da Nova Jérsia, aumentou o tom das acusações durante a conferência de imprensa diária: “Seus cabeçudos. Seus burros! Sabemos quem são vocês. Não iremos parar.” Mais tarde, publicou no Twitter uma imagem dos soldados norte-americanos a carregar burros às costas, numa alusão ao fardo infligido aos profissionais de saúde, que acabam por ter de lidar com as consequências destes atos.

Nova Jérsia registava, até esta manhã, 900 mortes e 37 mil infeções. Os Estados Unidos contabilizam perto de 370 mil casos e mais de 11 mil vítimas mortais.

ZAP //

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