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Ordens duvidam dos números de infetados (e admitem fazer o seu próprio levantamento)

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Miguel Guimarães / Facebook

Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos

Segundo os números anunciados na quarta-feira, havia 1.124 profissionais de saúde e oito deles estavam internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI). Mas estes números não convencem as Ordens.

De acordo com o Observador, o bastonário da Ordem dos Médicos pondera avançar com um levantamento dos dados referentes aos seus profissionais, tanto quanto aos infetados como os que estão em estado mais grave internados em Unidades de Cuidados Intensivos.

“Não consigo saber o número, estamos a pensar em fazer um inquérito que depende dos nossos representantes nos hospitais públicos e privados. Mas o mais importante é saber tudo, os números reais. Temos de acreditar nos números que a diretora geral da Saúde vai dizendo todos os dias, mas há uma décalage entre o número de pessoas que estão nos CI e nos números reais”, disse.

Por sua vez, a Ordem dos Enfermeiros corrobora os números do Governo no que toca a um enfermeiro internado na UCI. Trata-se de uma enfermeira que trabalha Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, e que foi dos primeiros casos entre a classe a testar positivo.

Por outro lado, o número de infetados levantou algumas dúvidas, pelo que a OE decidiu avançar com um levantamento de dados, através de um inquérito publicado online.

“Os resultados confirmaram as suspeitas da OE, de que os dados que estão a ser avançados estão aquém da realidade”, lê-se no comunicado da Ordem dos Enfermeiros, citado pelo Observador.

Segundo o bastonário Miguel Guimarães, todos os casos que conhece são médicos que estão na linha da frente. Sem especificar os casos, diz que há profissionais das mais diversas especialidades.

Miguel Guimarães recordou ainda que os profissionais de saúde devem ser testados quinzenalmente. “Se formos testar todos os profissionais de saúde, teremos muito mais infetados”, afirma.

O bastonário diz que era importante ter mais dados sobre os pacientes que morreram para se poder fazer alguma investigação científica.

ZAP //

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2 Comments

  1. E que levantamento vão fazer as Ordens? Vão fazer pelo sait que o deputado do PPD criou para os médicos o contactarem e ele no Sait diz que de 24 em 24 horas vais ver as “queixas” está no Twitter ou vai correr o País todo e veem Hospitais Públicos e Privados, lares Públicos Privados, e a casa de cada um de nós perguntar? Cheira-me mais que vão fazer mais de bufaria que serviço Honesto e Sério, não sou apologista deste governo nem de nenhum que tem governado ou se Governado, mas quando Sindicatos, Ordens Profissionais são presididos por pessoas ligadas e filiadas nos partidos nunca gostei dos que se acham os donos da verdade e dos que acham que só eles tem razão e são os únicos sérios, menos quando são filiados nos partidos políticos, não confio mesmo nada que façam levantamentos isentos.

  2. Este senhor habituou-se a aparecer diariamente, não perdendo um argumento para fazer a oposição que o partido não fez durante meses por causa da guerrilha interna. Agora que o partido já tem um líder, aparentemente demasiado centrista, ele acha que deve continuar a servir-se da Ordem para a sua acção política.
    Se o governo publica números, estes não são os compilados por enfermeiros, médicos, administrativos, etc, que eles representam?
    Ou ele espera que os números enviados para a Ordem sejam agora compilados com mais profissionalismo? Onde está o “problema”, na Drª Graça Freitas ou no trabalho dos profissionais que eles representam?
    Se ele acha que existe uma “conspiração da DGS que mostre indícios, já que para lançar suspeições já temos o correio da manha! Perdão, manhã.

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