O ex-fuzileiro que terá liderado o assalto aos paióis de Tancos deverá ser libertado esta semana, e novamente preso por estar acusado no processo do furto das 55 pistolas Glock da PSP.
O ex-fuzileiro João Paulino, em prisão preventiva, desde setembro de 2018, por alegadamente ter liderado o assalto aos paióis de Tancos, deverá sair em liberdade até sábado, uma vez que o período legal de detenção sem acusação esgotou-se, revela o Correio da Manhã esta segunda-feira.
Porém, escreve o jornal, o arguido deverá ser novamente preso, ao abrigo do processo do furto das 55 pistolas Glock da PSP, no qual está também acusado. Segundo o Público, o seu advogado, Melo Alves, descarta esta possibilidade pelo facto de, neste caso, lhe ter sido decretada como medida de coação o termo de identidade e residência.
No processo de Tancos, quando foi chamado ao DCIAP, a 17 de maio, Paulino remeteu-se ao silêncio. Agora, no interrogatório da fase de instrução, marcado para quarta-feira, o ex-fuzileiro deverá falar ao juiz Carlos Alexandre.
Esta segunda-feira, recorda o CM, está previsto o interrogatório ao arguido Hugo Santos, que também se encontra em prisão preventiva.
O caso de Tancos tem 23 arguidos, incluindo o ex-ministro da Defesa, Azeredo Lopes, o ex-diretor da Polícia Judiciária Militar, Luís Vieira, o ex-porta-voz da instituição militar, Vasco Brazão, e vários elementos da GNR.
O furto do armamento de guerra dos paióis foi divulgado pelo Exército português, a 29 de junho de 2017, com a indicação de que ocorrera no dia anterior, tendo a alegada recuperação do material de guerra furtado ocorrido na região da Chamusca, Santarém, em outubro de 2017, numa operação que envolveu a PJM, em colaboração com elementos da GNR de Loulé.