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NYT divulga novo vídeo que mostra dois mísseis a atingir o avião ucraniano no Irão

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Abedin Taherkenareh / EPA

As novas imagens de vigilância divulgadas pelo The New York Times mostram que os dois mísseis foram disparados com 30 segundos de diferença.

Um novo vídeo, divulgado esta terça-feira pelo The New York Times, mostra que o avião da companhia aérea Ukraine International Airlines, que se despenhou na passada quarta-feira perto de Teerão, foi abatido por dois mísseis iranianos.

De acordo com o jornal, os mísseis foram lançados a partir de uma base militar a cerca de 13 quilómetros do local onde o avião ucraniano se despenhou.

As novas imagens de vigilância mostram que os dois mísseis foram disparados com apenas 30 segundos de diferença e que o avião ucraniano não se despenhou imediatamente: continuou a voar, tentando voltar para o aeroporto, já em chamas.

O vídeo confirma a tese, já avançada pelo NYT, de que o transponder (identificador de voo do aparelho) deixou de funcionar depois de ter sido atingido pelo primeiro míssil.

O diário sublinha que o facto de o avião ter sido atingido duas vezes ajuda a explicar algumas dúvidas sobre a queda, uma vez que este novo vídeo ajuda a perceber o que se passou nos minutos finais antes do avião se despenhar.

No sábado, as autoridades confirmaram que o avião ucraniano foi abatido por um míssil iraniano. O The New York Times divulgou, na quinta-feira, um vídeo no qual se via um avião a ser atingido por um projétil e a despenhar-se.

A partir daí, escreve o Público, a pressão do Reino Unido e do Canadá para que o Irão admitisse a responsabilidade pelo desastre indicavam que o Governo iraniano tinha pouca margem para manter a sua posição inicial – a de que a queda do avião tinha sido provocada por problemas técnicos.

O Boeing 737 ucraniano, que tinha descolado de Teerão com destino a Kiev, despenhou-se nos arredores da capital iraniana.

O acidente ocorreu horas depois do lançamento de 22 mísseis iranianos contra duas bases da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, em Al Assad e Erbil, no Iraque, numa operação de vingança pela morte do general iraniano Qassem Soleimani.

ZAP //

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