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Aumentos salariais generalizados? Esquerda desconfia

Tiago Petinga / Lusa

António Costa e Mário Centeno

A esquerda desconfia de que os 200 milhões de euros, que Centeno já tinha indicado durante a campanha eleitoral, sejam utilizados num aumento de todos os salários da Função Pública.

O Governo indicou aos partidos que a margem para aumentos salariais é a que já estaria prevista no Programa de Estabilidade – cerca de 200 milhões de euros. Contudo, avança o ECO esta terça-feira, há desconfiança à esquerda de que estes 200 milhões sejam todos utilizados num aumento de todos os salários da Função Pública.

No ano passado, Centeno referiu-se a um valor global de aumento das despesas com pessoal na ordem dos 800 milhões, mas, deste valor, só 50 milhões de euros estavam previstos para um aumento generalizado dos salários.

Os restantes 759 milhões de euros diziam respeito a medidas que aumentavam as despesas com pessoal, mas não a atualizações de salários para a generalidade da Função Pública. Segundo o diário económico, estavam incluídos os custos do descongelamento de carreiras e negociações com setores específicos.

Este ano, os partidos receiam que os 200 milhões de euros que Mário Centeno anunciou sejam consumidos por medidas já tomadas – promoções e avanços na carreira, por exemplo.

Os aumentos salariais previstos de forma generalizada já não acontecem desde 2009. Este receio significa que estes voltariam a não acontecer – e, a acontecerem, o valor poderia ser pouco mais do que simbólico no vencimento anual dos funcionários públicos.

ZAP //

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