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Pela terceira vez, EUA prolongam tréguas com a Huawei por mais 90 dias

Rungroj Yongrit / EPA

Os Estados Unidos decidiram alargar por mais três meses a autorização para as empresas norte-americanas venderem equipamentos ao grupo de telecomunicações chinês Huawei, indicou esta segunda-feira o departamento do Comércio.

Este foi o terceiro adiamento concedido desde maio, quando a administração norte-americana decidiu colocar a Huawei numa lista negra de entidades proibidas de fazerem negócios com empresas dos Estados Unidos, alegando motivos de “segurança nacional” e acusando o grupo de trabalhar com as autoridades de Pequim.

Pouco depois de ser anunciada a decisão inicial de Washington, foi indicado que só entraria em vigor 90 dias depois, prazo que em agosto foi renovado, o mesmo acontecendo agora com o novo prazo para negócios a manter-se até 16 de fevereiro de 2020.

“O Departamento do Comércio vai continuar a vigiar de perto as exportações de tecnologia mais sensível para garantir que as nossas inovações não são exploradas pelos que ameaçam a segurança nacional”, refere o secretário do Comércio, Wilbur Ross, citado no comunicado que anuncia o prolongamento desta licença temporária.

Donald Trump, presidente dos EUA, anunciou o bloqueio à empresa chinesa Huawei por considerar que a marca espia os seus clientes e oferece essa informação ao governo chinês. Milhares de utilizadores a nível mundial encontram-se com um futuro incerto em relação aos seus telemóveis uma vez que a Google anunciou que já não proporcionaria o seu software Android à empresa.

No Reino Unido, os consumidores britânicos também trocaram os smartphones Huawei em números cada vez maiores. No Japão e no Taiwan, as operadoras pararam de aceitar pedidos antecipados de modelos de smartphones mais novos.

Ignorando as sanções, a Huawei cumpriu o calendário e revelou novos modelos de telemóveis da marca Honor em Londres. A Huawei confirmou que estava a trabalhar num sistema operativo próprio da marca.

A Huawei foi criada em 1987 por um antigo dirigente militar chinês, Ren Zhengfei, e já contou com forte investimento por parte do governo da China, o que faz com que os Estados Unidos suspeitem que os equipamentos sejam usados para espionagem, especialmente tendo em conta uma lei de 2017 que obriga as grandes empresas chinesas a cooperarem com os serviços de informações do país.

ZAP // Lusa

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