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Peter 2.0. Cientista com doença terminal quer transformar-se no ciborgue mais avançado de sempre

Peter Scott-Morgan, cientista britânico do ramo da robótica, está em fase terminal da doença do neurónio motor, uma doença degenerativa. Mas ele não quer visto como o homem que morreu daquela doença, mas sim tornar-se Peter 2.0, o mais avançado ciborgue de sempre.

O cientista já usa uma extensa lista de dispositivos médicos, que o ajudam a respirar, comer e comunicar – e essas tecnologias deverão continuar a crescer no futuro próximo.  No entanto, de acordo com o SienceAlert, para Scott-Morgan, não se trata de evitar a morte, mas sim evoluir.

“Sim, eu sei que soa a ficção científica“, escreveu o cientista no seu blogue. “Mas alguns dos principais cérebros do mundo, numa aliança com algumas das mais poderosas megacorporações de alta tecnologia, querem fazer acontecer – até ao final deste ano”.

A linha do tempo coincide quantidade de tempo que ainda resta a Scott-Morgan. Porém, cientista pretende ver tudo o que 2020 tem reservado.

O seu corpo biológico está em declínio devido a uma condição terminal que destrói lentamente os nervos, chamada doença do neurónio motor. Esse é o mesmo distúrbio neurodegenerativo que foi diagnosticado ao físico Stephen Hawking em 1963, deixando-o confiando na tecnologia para mobilidade e fala.

O sistema nervoso de Scott-Morgan está lentamente a perder a sua capacidade de determinar funções-chave e movimentos voluntários, deixando-o num estado de paralisia quase completa.

Esta semana, o homem de 61 anos voltou para casa depois de um mês nos cuidados intensivos, onde se esteve a recuperar de uma série de procedimentos que podem melhorar a sua vida, como um mini-ventilador, um tubo de alimentação no estômago e uma bolsa de colostomia. Também lhe foi retirada a laringe, para reduzir o risco de aspirar a sua saliva, comunicando agora através de fala sintética. Cada nova peça de engenharia é vista como “uma atualização” em vez de um substituto.

“Estamos agora a apenas um ano ou dois de conseguir algo revolucionário. Toda a tecnologia já existe isoladamente”, escreveu Scott-Morgan.

Essas inovações tecnológicas incluem interfaces cérebro-computador e rastreamento ocular. Scott-Morgan vais mais longe prevê mais do que isso: vê um futuro em que Peter 2.0 não é um corpo no espaço físico, mas uma mente num cenário digital.

Juntamente com o seu marido Francis, Scott-Morgan criou uma fundação que tem como objetivo pesquisar o uso ético da Inteligência Artificial ​​e da robótica para aumentar quem se sente restringido por doença, idade ou deficiência.

Para ampliar o acesso a tratamentos e tecnologias que salvam vidas de pessoas com a doenças do neurónios motor, a campanha “Right to Thrive” tem pedido apoio aos membros do parlamento.

Mesmo que a tecnologia não chegue a tempo para Scott-Morgan, a mensagem de transformação do cientista é importante, uma vez que o resto da sociedade poderia evoluir em relação às doenças e incapacidades cronicas.

ZAP //

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