Luigi Brugnaro, presidente da câmara de Veneza, vai declarar estado de emergência na cidade que está inundada devido às piores cheias em 50 anos.
Esta quarta-feira, é esperada uma nova subida da água na cidade italiana. A situação poderá agravar a destruição de estruturas e edifícios. Segundo o Público, que cita o La Stampa, duas pessoas já morreram.
As cheias fizeram transbordar a lagoa da cidade, causando ondas de mais de um metro e mio na Praça de São Marcos. Na terça-feira à noite, o nível da cheia da lagoa estava nos 1,87 metros, o segundo mais alto desde que há registo. Esta quarta-feira é esperada uma onda de 1,60 metros.
De acordo com o jornal italiano, a cheia provocou a morte a um idoso que foi eletrocutado quando a água lhe entrou em casa na ilha de Pellestrina, causando um curto-circuito. Outro homem foi encontrado morto em casa.
O presidente da câmara de Veneza explicou que as alterações climáticas são responsáveis pela “situação dramática” da cidade. Devido a esta “ferida que vai deixar marcas permanentes”, o governante vai declarar o estado de emergência.
Brugnaro exigiu ainda que o Governo de Roma ajude a cidade a pagar os prejuízos que vão ser “muito elevados” e que o projeto Moisés, uma rede de barreiras para proteger a lagoa e impedir a subida do nível da água anunciada em 2003, seja terminada.
Contudo, este projeto, interrompido várias vezes (uma delas devido a um caso de grande corrupção, em 2014), tem a oposição dos ambientalistas devido aos danos que vai provocar no ecossistema da lagoa.