O secretário-geral do PS afirmou-se hoje preparado para cumprir como primeiro-ministro os quatro anos de legislatura e afastou o cenário do “pântano” do segundo executivo de Guterres, que caiu após um mau resultado nas autárquicas de 2001.
António Costa transmitiu esta sua posição numa reunião do Grupo Parlamentar do PS, que durou cerca de uma hora, durante a qual procurou deixar uma mensagem aos deputados socialistas de que o seu segundo Governo “não é para durar dois anos”.
“Este Governo é para quatro anos, comigo não há pântanos”, declarou António Costa, citado por vários deputados socialistas.
Deputados socialistas referiram à agência Lusa que António Costa pretendeu traçar uma clara linha de demarcação entre o seu novo executivo e o segundo Governo liderado por António Guterres, que se demitiu do cargo de primeiro-ministro a meio da legislatura (1999/2003), depois de o PS ter obtido um mau resultado nas eleições autárquicas de dezembro de 2001.
Neste ponto, o secretário-geral do PS frisou que o seu mandato como primeiro-ministro “não está dependente do ciclo eleitoral da próxima legislatura”, designadamente das eleições autárquicas de 2021.
Na reunião da bancada socialista, também o antigo líder do PS Ferro Rodrigues se referiu ao período do segundo Governo liderado por António Guterres e à ideia do “pântano político”, dizendo que viveu ele próprio esteve na primeira linha (enquanto membro do Governo e dirigente socialista) nesse período.
Ferro Rodrigues, que hoje o PS o recandidatou à presidência da Assembleia da República, recordou que, após a demissão de António Guterres de dezembro de 2001, acabou por assumir a liderança dos socialistas no início de 2002, tendo depois perdido as legislativas por cerca de dois pontos percentuais para o PSD em abril desse ano.
Perante os jornalistas, no final da reunião, o secretário-geral do PS afirmou que a próxima legislatura “será de grande responsabilidade”, visto que os portugueses confiaram aos socialistas “a missão de governar o país nos próximos quatro anos”.
“Vai ser uma legislatura muito exigente, mas também muito estimulante – e é fundamental contar com o apoio do Grupo Parlamentar do PS para que a ação governativa possa ser bem sucedida, cumprindo os compromissos que assumimos e o nosso caderno de encargos para a governação”, declarou.
António Costa confirmou depois que a eleição de Ana Catarina Mendes e da sua direção da bancada terá lugar na sexta-feira, dia em que também o PS recandidatará Ferro Rodrigues para a presidência da Assembleia da República.
“Será uma lista paritária com Eduardo Ferro Rodrigues como candidato a presidente da Assembleia da República e Edite Estrela como candidata a primeira vice-presidente”, referiu.
Neste contexto, António Costa deixou um voto de confiança em Ana Catarina Mendes como presidente do Grupo Parlamentar do PS, dizendo que “é uma deputada muito experiente e que, ao longo dos últimos anos, teve uma missão muito importante como secretária-geral adjunta” dos socialistas.
“Ana Catarina Mendes estava em excelentes condições para suceder como presidente do Grupo Parlamentar do PS a Carlos César, que, por vontade própria, deixou de ser deputado. Felizmente, podemos continuar a contar com Carlos César como presidente do PS. Será seguramente um presidente bastante ativo”, disse o líder dos socialistas, tendo ao seu lado o ex-presidente do Governo Regional dos Açores.
// Lusa
Grunhiu sobre os «PÂNTANOS». criticando a «vaca sagrada» GUTERRES, que teve o bom senso de reconhecer que tinha atingido o seu NÍVEL DE INCOMPETÊNCIA para governar o país! É o que, com toda a propriedade, se pode qualificar como uma FRASE do CANECO!