/

Falha acordo para reduzir listas no SNS. Hospital das Forças Armadas não operou “nenhum doente”

2

António Pedro Santos / Lusa

Mais de um ano depois do acordo entre os ministérios da Saúde e da Defesa para reduzir as listas de espera no Serviço Nacional de Saúde, o Hospital das Forças Armadas ainda não operou um único doente do sistema de saúde público.

No ano passado, os ministérios da Defesa e da Saúde assinaram um acordo para que o Hospital das Forças Armadas operasse doentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS), para que, desta forma, fosse possível reduzir as listas de espera para cirurgia.

Segundo a edição desta quarta-feira do Jornal de Notícias, a colaboração foi vertida em letra de lei e está em vigor desde julho de 2018. No entanto, ainda não teve qualquer efeito, uma vez que nenhum doente do SNS foi, até agora, enviado para cirurgia no Hospital das Forças Armadas (HFAR).

A informação foi enviada ao diário pelo gabinete do chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas. “Não foi operado nenhum doente” enviado pelos hospitais do SNS, “nem no pólo do Porto nem no pólo de Lisboa”.

Questionado pelo JN, o Ministério da Saúde não esclareceu o porquê de não ter usufruído da parceria estabelecida no ano passado, sobretudo tendo em conta que no final de 2018 e início de 2019 houve greves cirúrgicas, o que fez disparar as listas de espera.

Fonte da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo refere que “o HFAR ainda não apresentou qualquer candidatura para poder ser um convencionado do SNS”.

A portaria publicada em Diário da República no ano passado determina que “o HFAR colabora com o SNS realizando a prestação de cuidados de saúde como hospital de destino, nos termos da regulação aplicável”, frisando que “recebe notas de transferência, vales-cirurgia e transferências de responsabilidade nos mesmos termos e prazos que os demais hospitais integrados no SNS”.

ZAP //

2 Comments

  1. Mais uma grande ministra deste grande governo. Os resultados estão à vista. Felizmente tenho dinheiro e vou ao privado mas quem depender do público…

  2. Se foi assinado um protocolo, não há nenhuma “candidatura” a apresentar.
    Mais uma vez, andam a atirar as culpas uns aos outros, em particular aos militares.
    Até dá a impressão que está em acção um ataque às instituições militares.
    Vão pedir ajuda aos espanhóis, quando não tivermos forças armadas?????

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.