A empresa tecnológica Google realizou contribuições para algumas das mais notórias personalidades que negam as alterações climáticas, de Washington, apesar da empresa liderada por Sundar Pichai insistir que apoia as ações políticas contra a crise climática.
Na lista de doações divulgada pela própria Google, surgem nomes de organizações que realizaram campanhas contra a legislação climática e que questionaram publicamente a necessidade da criação da legislação ambiental e que procuraram reverter as proteções ambientais nos Estados Unidos que tinham sido criadas por Barack Obama, antigo presidente dos EUA.
Nessa lista aparece o Instituto de Empresas Competitivas, um dos grupos que convenceu Donald Trump a abandonar o Acordo de Paris, assinado pelo seu antecessor em 2015. A Google, apesar de admitir estar desapontada com a decisão do presidente norte-americano, continuou a apoiar financeiramente o grupo.
A empresa tecnológica defendeu-se e garantiu que a sua “colaboração” com organizações como este instituto “não significa que apoiamos toda a agenda das organizações” e que muitas vezes se opõem fortemente em relação a alguns assuntos. Um porta-voz da empresa assumiu que a posição da empresa é clara, uma vez que “desde 2007, operamos como uma companhia neutra em carbono e, pelo segundo ano consecutivo, atingimos 100% de energia renovável nas nossas operações globais”.
O jornal britânico The Guardian revela ainda que a Google apoia uma organização anti-ciência radical que criticou Greta Thunberg, que tem defendido o ambiente, afirmando que a adolescente apresentava “ilusões climáticas histéricas”.
Nos últimos anos, o Google tem desenvolvido várias iniciativas para tentar travar o impacto da crise climática global, recorda o jornal Público. Esta semana, a empresa disponibilizou uma ferramenta para as cidades europeias medirem níveis de poluição. Inclui dados sobre as emissões geradas pelos transportes públicos, edifícios e o potencial da energia solar. O objectivo é reunir dados para travar as mudanças meteorológicas.
Em agosto, a empresa também se comprometeu a usar material reciclável em todos os aparelhos com assinatura Google (“Made by Google”), como telemóveis, colunas inteligentes e acessórios.
Em setembro, centenas de membros do Google fizeram greve em protesto às alterações climáticas juntamente com milhares de outros trabalhadores de grandes empresas tecnológicas norte-americanas como a Amazon, a Microsoft e o Facebook. Na altura, o grupo de trabalhadores do Google queixou-se da política da empresa continuar a apoiar financeiramente membros do congresso norte-americano que votam contra legislação para travar o aceleramento do aquecimento global.
Não é a primeira vez que a tecnológica é alvo de atenção negativa devido ao tema. Em 2014, a empresa tinha sido criticada por apoios dados ao Conselho Legislativo de Intercâmbio Americano, uma organização que considera que o comportamento humano não tem influências no aquecimento global.
Como não pagam os devidos impostos, claro que sobra muito dinheiro o para apoiar tudo e o seu contrário!.. o que interessa é manter certos poderes entretidos/distraidos!…