No próprio dia em que as armas roubadas dos paióis de Tancos reapareceram um coronel da GNR alertou um responsável da Polícia Judiciária — Luís Neves, que é hoje diretor nacional desta polícia — para a falta de credibilidade da versão oficial dos acontecimentos.
A notícia é avançada pelo jornal Público. Segundo o jornal, fica em causa a ideia de que o primeiro aviso que chegou às autoridades foi uma carta anónima, que deu origem à investigação, cerca de uma semana depois do reaparecimento das armas. O coronel em causa dirigia a investigação criminal da GNR e é arguido no processo
Depois de aparecerem as armas, o diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), Amadeu Guerra, convocou uma reunião de emergência para a Polícia Judiciária Militar explicar o que aconteceu e como chegou ao material roubado. Nesse encontro estava também presente Amândio Marques, coronel que lidera o núcleo de investigação criminal de Loulé da GNR que participou no achamento. Tal como os restantes, diz-se surpreendido com o sucedido.
Segundo o jornal Público, à saída do encontro em Lisboa, o coronel da GNR terá chamado Luís Neves. “Olha, aquela história que me venderam, não acredito minimamente nela. Vou pedir aos homens do Algarve que me façam um relatório, para saber o que andaram a fazer”, disse mais tarde, no interrogatório judicial a que foi submetido já na qualidade de arguido.
“Depois de ter recebido o relatório, Luís Neves entrou em contacto comigo para falar sobre Tancos”, descreveu no interrogatório, salientando que o documento continua a ter factos deturpados. O novo encontro deu-se em Alcabideche e o coronel voltou a alertar que o documento era falso. “Sempre disse a Luís Neves que aquilo era uma mentira pegada.” No entanto, nunca transmitiu as desconfianças aos seus superiores hierárquicos.
Fonte da PJ reconheceu ao Público que o militar transmitiu as suspeitas nestas duas ocasiões, desvalorizando o facto das conversas não constarem do processo senão através do interrogatório do coronel. Também na acusação não há referência às suas denúncias, apesar de serem anteriores à carta anónima.
O parlamento debate esta quarta-feira o caso de Tancos, a pedido do PSD, que o requereu depois de ser conhecido o despacho do Ministério Público que acusa o ex-ministro Azeredo Lopes de denegação de justiça, entre outros crimes.
O despacho do Ministério Público sobre o furto e reaparecimento das armas de Tancos foi conhecido em 26 de setembro, em plena campanha eleitoral, sabendo-se que o antigo ministro da Defesa Azeredo Lopes é um dos 23 acusados e a quem são imputados os crimes de abuso de poder, denegação de justiça, prevaricação e favorecimento pessoal praticado por funcionário.
Uma “pessegada” de dimensões colossais.
E se depois disto, os portugueses votaram 37%, só significa que NINGUÉM oferece melhor credibilidade.
O que, por sua vez, significa que estamos verdadeiramente metidos num buraco (negro) de que nunca conseguiremos emergir…
Pobre Portugal…..
Votaram e votaram bem, porque votam em consciência e segundo aquilo que acham ser correto e isso é democracia! Se não gostas de democracia tens bom remédio, Coreia do norte ou china podem ser um paraíso para ti.
Já agora o caso tancos nada tem que ver com o PS, é um tema da esfera militar que acabou por envolver a esfera politica por motivos que ainda vamos perceber no avançar da investigação!
Eu não disse que não gosto de democracia, muito pelo contrário.
Precisamente, observei que se, em pleno exercício de um direito democrático, e em plena consciência – como bem acrescenta – votaram 37%, é porque no panorama político nacional NINGUÉM é mais credível.
Ou seja, são todos da mesma laia.
Fico triste por isso e por considerar que é justamente por isso que o nosso – já pobre – Portugal nunca sairá da cepa torta, com toda esta marmalha a sugar…
Que Tancos nada tenha a ver com o PS, é uma afirmação, no mínimo, curiosa. Talvez seja uma piada, ou uma ironia e eu não percebi. É que está metido na trapalhada até aos (poucos) cabelos um ministro do PS, integrado num governo PS, com a confiança do primeiro ministro do PS, que sabia do que estava a passar – isso já está demonstrado – e provavelmente até conduziu a pessegada. E não contente, quando se demitiu, apagou todas as mensagens e emails. Caso inédito. Que teria a esconder?
Acrescento que os sistemas informáticos de governos e outras instituições deste tipo têm backups, precisamente para evitar que se apague “por distracção ou acidente” material importante. Neste caso o backup não existe? Ou também foi apagado? Que estranho não é? Mais um apagão inusitado…
Portanto, podemos concluir que o caso nada tem a ver com o PS.
…..não e por nada, mas espero que alguém ligado ao teatro, faça um AUTO DA BARCA, tragico-comica sobre o tema, assim ao menos, vamo-nos rindo do pagode,…………..que mais o Zé Povinho pode fazer??
Tancos…..uma “PIADA” de mau gosto, orquestrada por uma cambada de Tamancos !.. Militares a boa vida dá para isto !
É só para dizer que eu não sabia de nada… seja lá eu quem for…