Mudanças nas regras de acesso aos autos da Operação Marquês tornaram mais burocrático o processo, nomeadamente para jornalistas. É necessário fazer um requerimento prévio para poder consultar os autos.
O juiz Ivo Rosa fechou o processo da Operação Marquês, que conta com o antigo primeiro-ministro José Sócrates como principal arguido. Além disso, dificultou o acesso aos autos, sobretudo por parte de jornalistas. Para o consultarem, os repórteres enfrentam agora uma maior burocracia, tendo que fazer um pedido prévio de consulta, por escrito, cada vez que queriam consultar o processo.
A notícia avançada este sábado pelo Correio da Manhã dá conta que é sempre Ivo Rosa quem decide se o jornalista pode ou não consultar os autos. Também é o próprio que decide o dia e a hora em que a consulta pode ser feita, em caso de aprovação do pedido.
De acordo com o mesmo jornal, nunca antes se verificou uma situação semelhante. O despacho com esta decisão ainda não foi dado a conhecer às defesas dos arguidos nem ao Ministério Público.
O debate instrutório da Operação Marquês ficou marcado para o dia 27 de janeiro de 2020. “Considerando a complexidade do processo, a dimensão da acusação e dos requerimentos de abertura de instrução, as inúmeras questões jurídicas e o número de sujeitos processuais envolvidos é previsível que o debate se prolongue por mais de uma sessão”, lê-se no despacho do juiz Ivo Rosa.
A inquirição do empresário Carlos Slim também foi adiada devido à dificuldade em notificá-lo e à falta de resposta das autoridades mexicanas.
… mais um esbanjar de fundos públicos.