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Não foi só Carlos Ghosn. Houve mais executivos da Nissan a receber mais dinheiro do que deviam

Bertel Schmitt / Wikimedia

Hiroto Saikawa, CEO da Nissan

Houve outros executivos da Nissan Motor que receberam mais do que deviam além de Carlos Ghosn. A notícia chega no mesmo dia em que o atual CEO da fabricante automóvel assumiu que recebeu dinheiro a mais, rejeitando comportamentos errados.

A Nissan Motor teve encargos superiores ao suposto com outros executivos além de Carlos Ghosn. Entre estes responsáveis estão gestores como o atual presidente executivo e o vice-presidente, Hari Nada, que foi um dos elementos chave na investigação a Ghosn, revelaram fontes próximas da situação à Bloomberg.

A notícia surge no mesmo dia em que o presidente executivo da fabricante japonesa, Hiroto Saikawa, assumiu perante os jornalistas que ele próprio, bem como outros executivos, receberam dinheiro a mais. Saikawa afirmou que se “tornou claro que há um problema na execução do esquema de direitos”, acrescentando que “o pagamento deve ser devolvido” e que ele “concordou em fazê-lo”.

Segundo a Bloomberg, há pelo menos quatro responsáveis da Nissan que estão nestas condições, incluindo Hari Nada, que cooperou com o Ministério Público nas investigações a Carlos Ghosn, que deram origem a acusações criminais no Japão.

Segundo a Euronews, a revelação fragiliza a posição do diretor-executivo do segundo fabricante automóvel do Japão, encarregue de fortalecer e melhorar a governação da Nissan depois do escândalo que levou ao afastamento e detenção do anterior presidente, o brasileiro Carlos Ghosn, no ano passado.

Ghosn foi oficialmente acusado pelo Ministério Público japonês de irregularidades financeiras, designadamente por ter alegadamente ocultado rendimentos da empresa durante cerca de cinco anos.

Um mês depois de ter sido libertado sob fiança, o ex-presidente da Nissan, Carlos Ghosn, voltou a ser detido. O Ministério Público (MP) de Tóquio informou que a última detenção do ex-presidente da Nissan justifica-se pela suspeita de que Carlos Ghosn desviou cinco milhões de dólares, cerca de 4,4 milhões de euros.

O Ministério Público de Tóquio apresentou uma nova acusação – a quarta -, em abril, contra o ex-presidente da Nissan Carlos Ghosn pelo suposto desvio de fundos do fabricante japonês, para uso pessoal, por intermédio de uma empresa sediada em Omã. As autoridades suspeitam que Ghosn cometeu um crime de abuso de confiança agravado contra a Nissan.

Ghosn encontra-se atualmente em liberdade condicional, à espera de responder em tribunal por fraude fiscal e outras acusações.

ZAP //

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