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Costa é “oportunista”, “mestre da propaganda” e “mestre da dramatização”

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Estela Silva / Lusa

O líder do PSD acusou o primeiro-ministro de ter um discurso “oportunista” ao pôr “defeitos” no BE e no PCP para tentar conquistar o eleitorado ao centro.

No encerramento da Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide, Rui Rio defendeu ainda um “compromisso alargado” na Assembleia da República para uma reforma da Segurança Social.

Depois de detalhar propostas nas áreas do sistema político, do ambiente, da segurança social e da economia, Rui Rio lembrou que o PS passou uma legislatura “de braço dado com o BE e PCP e que o primeiro-ministro disse que essa coligação parlamentar “funcionou” e que era repetível.

“Vem o calor do Verão, aproxima-se o dia 6 de outubro, e o BE é só defeitos, o PCP tem algumas virtudes mas também já vai tendo alguns defeitos. E o discurso começa a ser contra a esquerda, procurando algumas simpatias ao centro que obviamente estão contra ele porque durante quatro anos se encostou à extrema-esquerda. Isto é um discurso oportunista, no sentido de tentar limpar o que fez”, apontou. António Costa vai “esquecer” esse discurso a 7 de outubro.

A acusação de falta de seriedade política por parte dos socialistas também já tinha estado implícita na referência que Rui Rio fez à Segurança Social. O líder social-democrata lembrou que o Governo – e até o primeiro-ministro – asseguram que não há qualquer problema no sistema. “Temos obrigação para um compromisso alargado da AR que garanta a todos o pagamento da reforma”, desafiou, contrariando os socialistas: “Há um problema na Segurança Social [que] poderá ser comigo reduzido”.

Sobre a reforma do sistema político já apresentada, Rui Rio reiterou a proposta de limitar o número de mandato dos deputados, mas desta vez assumiu que concordava com o máximo de três mandatos sugerido momentos antes pela líder da JSD, Margarida Balseiro Lopes. No entanto, o líder social-democrata não quer avançar com uma proposta fechada, prefere que “as pessoas falem” sobre o assunto.

Rio ironizou com as perspetivas económicas apresentadas pelos socialistas e detalhou a proposta do PSD para incentivar a economia – possível graças à margem orçamental de 15 milhões de euros – e que seria distribuída em 24% para a redução de impostos, 23% para aumento do investimento público, 45% para sustentar a despesa corrente, 7%, para eliminar o défice e permitir o superavit.

Neste campo o líder do PSD reconhece que António Costa teve “sorte” com a política monetária do Banco Central Europeu. Mas voltou a acusar o Governo de ser “mestre na dramatização” na greve dos motoristas e na crise dos professores, que “condicionou o voto a 26 de maio”.

“O governo é acima de tudo mestre na propaganda, governa para a sua própria imagem, para o presente, não governa para o futuro e por isso não traz esperança”, disse Rui Rio, deixando claro que se quisesse muito também ele talvez conseguisse ser mestre da propaganda, mas não se “preocupa” com isso.

ZAP //

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2 Comments

  1. Há duas conclusões !!!… Se o Costa é um “Grande Mestre em tudo”, quer dizer que o Sr. Rio, ou é um grande “Mestre em nada” ou o PSD perdeu a “maestria infusa da aldrabice” que P.P Coelho tinha. Bem….Como se diz ; “Bom vento e até a próxima” !

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