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Autópsia ao corpo de Jeffrey Epstein adensa mistério em torno da sua morte

Magnata norte-americano Jeffrey Epstein

A autópsia o corpo de Jeffrey Epstein, o milionário norte-americano acusado de criar uma rede para abusar de menores nas suas mansões que apareceu morto na sua cela no passado sábado, revelou várias fraturas no seu pescoço, adensando o mistério sobre a sua morte, noticia a imprensa internacional.

Escreve o Washington Post, citado fontes próximas aos resultados dos testes levados a cabo, que os ferimentos em causa podem ser encontrados quer em pessoas que se suicidem – hipótese que as autoridades estão ainda a investigar -, quer em homicídios.

O milionário apareceu morto no passado sábado na sua cela em Nova Iorque. As autoridades disseram que se tratava de um “aparente suicídio“, mas estão ainda a investigar o caso. Não se sabe ainda quando é que o relatório da autópsia vai ser divulgado na íntegra, de acordo com o mesmo jornal norte-americano.

Zhongxue Hua, perito forense do condado de Bergen, em Nova Jersey, disse que a fratura no pescoço não é típica de uma lesão suicida, sendo mais comum em vítimas de homicídio por estrangulamento. Contudo, pediu para que não fossem retiradas conclusões prematuras. Um dos ossos partidos é o hióide, junto à maça de Adão.

Após a morte de Epstein, foram logo levantadas suspeitas de negligência até de homicídio contra a prisão de Nova Iorque. Vários funcionários familiarizados com o assunto disseram à imprensa que o milionário se tinha enforcado na sua cela, mas, até agora, ninguém o confirmou oficialmente.

O bilionário norte-americano foi detido em Nova Jersey no dia 6 de julho, e a polícia encontrou diversas fotografias de raparigas nuas na sua mansão, em Nova Iorque.

Há duas semanas, Epstein foi encontrado deitado no chão da sua cela com ferimentos no pescoço. Na altura, ficou por esclarecer se se as feridas foram auto-infligidas ou provocadas por terceiros. Caso fosse condenado, o norte-americano poderia enfrentar uma pena de prisão até 45 anos por abuso e tráfico sexual de menores.

Epstein tentou previamente um pagamento de 100 milhões de dólares, cerca de 89,9 milhões de euros, como fiança, além de ter acordado com a utilização de um sistema de monitorização para que não saísse dos Estados Unidos.

Contudo, os procuradores recusaram o acordo, apresentando provas de que Epstein poderia sair do país, uma vez que apreenderam um montante elevado de dinheiro e um passaporte australiano com pseudónimo no cofre da sua mansão em Nova Iorque.

ZAP //

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