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Governo francês confirma que Centeno é hipótese para o FMI

Stephanie Lecocq / EPA

O presidente do Eurogrupo, Mario Centeno

O Governo francês confirmou que o ministro das Finanças português é uma das hipóteses para liderar o Fundo Monetário Internacional (FMI), depois da saída de Christine Lagarde para o Banco Central Europeu (BCE).

Fonte oficial do Governo francês confirmou à agência Reuters, esta sexta-feira, que o ministro das Finanças, Mário Centeno, é uma das hipóteses em cima da mesa para liderar o Fundo Monetário Internacional (FMI), avança a Renascença.

De acordo com a mesma fonte, para além do governante português, os outros possíveis candidatos são o antecessor de Centeno no Eurogrupo, o holandês Jeroen Dijsselbloem, Nadia Calvino, a ministra espanhola da Economia, Olli Rehn, o governador do banco central da Finlândia e a búlgara Kristalina Georgieva, diretora executiva do Banco Mundial.

O responsável francês adiantou à agência que o país está a liderar o processo de escolha dos Estados-membros da União Europeia do candidato europeu à liderança do FMI, depois de Christine Lagarde, que ocupa o cargo desde 2011, ter sido escolhida para liderar o Banco Central Europeu (BCE), sucedendo ao italiano Mario Draghi. A francesa deixa a instituição no dia 12 de setembro.

Os rumores de que o presidente do Eurogrupo poderá vir a assumir também a liderança do FMI foram lançados pelo The Politico, embora o favorito seja Dijsselbloem. Atualmente com 53 anos, o holandês assumiu a pasta das Finanças do país entre 2012 e 2017, tendo-se destacado em 2013 ao tornar-se presidente do Eurogrupo.

Na semana passada, em entrevista à rádio Observador, António Costa admitiu que Centeno é hipótese como diretor-geral do FMI, mas não um objetivo diplomático fixado.

“Os objetivos que temos neste quadro situam-se no âmbito da União Europeia”, frisou, notando que “a hipótese que está em cima da mesa relativamente ao FMI” tem que ser considerada, mas que nem sequer “era um objetivo de vida pessoal” de Centeno.

Já em relação à hipótese de Centeno ocupar uma pasta na futura equipa da Comissão Europeia na área da gestão do euro, o primeiro-ministro referiu que já teve uma conversa com a nova presidente, Ursula Von der Leyen, tendo então ficado acordado que “cada país apresentaria sempre dois nomes, um de cada género”.

“Se o professor Mário Centeno continuar como ministro das Finanças e presidente do Eurogrupo, fará pouco sentido duplicar na Comissão Europeia a mesma área e seria mais interessante ficarmos numa área distinta. Mas, caso se concretize a hipótese de passar a ser diretor-geral do FMI, aí Portugal deixa de ter uma presença na reforma da zona euro, que é para nós absolutamente capital”, alegou.

As candidaturas à liderança do FMI podem ser apresentadas a partir da próxima segunda-feira e até 6 de setembro, anunciou entretanto a instituição, precisando que vai escolher o novo diretor-geral até 4 de outubro.

ZAP // Lusa

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