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O plano B de Costa com a ida “bastante provável” de Centeno para o FMI

Mário Cruz / Lusa

Luis Marques Mendes

O habitual espaço de comentário de Luís Marques Mendes na SIC ficou marcado pela ida “bastante provável” de Centeno para o FMI e pelo “sufoco dos incêndios” que nada mudou.

Para Luís Marques Mendes, a ida de Mário Centeno para diretor-geral do FMI é “bastante provável” e António Costa já tem um plano B para a sua eventual saída. Nos últimos dias tem-se falado sobre a possibilidade de o atual ministro das Finanças assumir o cargo de topo no FMI e, segundo Marques Mendes, houve “grandes desenvolvimentos” nesse sentido.

No seu entender, esta seria uma “vitória pessoal” para Centeno, mas uma enorme “dor de cabeça” para o primeiro-ministro. “Pelo que apurei, é bastante provável mas ainda não é certo ainda”, disse Marques Mendes. Certo ou não, Centeno já confirmou que vai integrar as listas de deputados socialistas nas próximas legislativas a 6 de outubro.

A saída de Centeno seria, segundo Marques Mendes, uma grande perda para Costa, que se vê obrigado a procurar uma alternativa num partido em que “as soluções não abundam”. O antigo ministro do PSD sugere duas opções possíveis: Elisa Ferreira ou Ricardo Mourinho Félix. Falou ainda de Vieira da Silva, mas o atual ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social já admitiu que se vai retirar da vida política.

De acordo com o Público, Marques Mendes também confessou que a chegada de Mário Centeno ao FMI poderia alargar o leque de escolhas portuguesas para a futura comissão de Ursula von der Leyen.

Nada mudou no “sufoco dos incêndios”

Este fim-de-semana foi marcado por incêndios no centro do país — uma situação lamentável para Marques Mendes, que se repete como há dois anos atrás. “Há muito boa gente que está indignada com o que se está a passar, com a forma com que tudo isto uma vez mais está a acontecer. Parece que tem semelhanças com há dois anos. Parece que afinal nada mudou“, disse.

O político até começou o seu discurso com uma palavra de solidariedade às populações que estão a sofrer com o “sufoco dos incêndios” e um agradecimento aos bombeiros e à proteção civil que estão a lidar com a situação.

Marques Mendes falou ainda da lei de Bases da Saúde, sugerindo que o presidente vai promulgar a nova lei, tendo em conta o que Marcelo Rebelo de Sousa “disse ou sinalizou” antes da lei ser aprovada. O político social-democrata relembra que o presidente sugeriu que vetaria a Lei de Bases “caso as PPP estivessem expressamente proibidas”.

Luís Marques Mendes falou ainda sobre a comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos, realçando o “excelente trabalho dos deputados, que desta merecerem um elogio”. Deixou ainda uma palavra para o futuro, acreditando que “não vai ser possível repetir situações de promiscuidade e de créditos mal concedidos”.

Foi ainda comentado o programa eleitoral do Partido Socialista e a eleição de Ursual von der Leyen para a Comissão Europeia.

ZAP //

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