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Mais incógnitas do que certezas sobre se os críticos de Rio serão varridos

Paulo Novais / Lusa

Líder do PSD, Rui Rio

Restam mais dúvidas do que certezas no PSD. No final do mês, a pergunta será finalmente respondida: serão os críticos de Rui Rio varridos da bancada parlamentar?

Nas próximas três semanas, as distritais vão ajustar os nomes propostos com a direção nacional, mas no partido de Rui Rio sobram mais dúvidas do que certezas. Depois de as listas estarem fechadas, serão sujeitas a cotação em conselho nacional do partido, que deverá acontecer no final deste mês.

Nessa altura, a pergunta que paira no ar será finalmente respondida: serão os críticos de Rio varridos da bancada parlamentar?

Esta segunda-feira foi o último dia do prazo para as distritais entregarem os nomes dos candidatos a deputados. Segundo o Público, alguns dos atuais deputados já foram excluídos pelas suas distritais, como Duarte Marques (eleito por Santarém), Luís Pedro Pimental (ex-secretário-geral adjunto de Passos Coelho) e Manuela Tender (apoiante de Rui Rio e secretária da direção da bancada parlamentar).

De acordo com o diário, há outro apoiante de Rio a correr o risco de ficar em lugar não elegível. Emídio Guerreiro, vice-presidente da bancada parlamentar, foi indicado por Guimarães, a mesma secção a que pertence o cabeça de lista para o distrito de Braga, André Coelho Lima, que a direção nacional escolheu. Como a regra na distrital é que não haja dois nomes da mesma secção nos primeiros lugares da lista, Emídio Guerreiro pode ser atirado para uma posição de risco.

A escolha da vereadora Filipa Roseta em Lisboa para cabeça de lista também surpreendeu, não só pelo nome em si, como também por liderar uma lista em que a distrital tinha indicado o vice-presidente da mesma câmara, Miguel Pinto Luz, um potencial candidato à liderança do partido.

Mas há outros críticos em dúvida, como é o caso de Maria Luís Albuquerque. A ex-ministra das Finanças foi indicada pela distrital de Setúbal, mas ainda não se sabe se a direção de Rio vai validar esta proposta.

Nas últimas semanas foram anunciados seis cabeças de lista (Lisboa, Porto, Braga, Aveiro, Coimbra e Leiria) e, à exceção do de Braga (que é vogal na comissão política nacional), não está incluído neste grupo nenhum elemento da direção de Rui Rio. Aliás, nem o próprio líder do PSD é cabeça de lista.

O lugar que irá ocupar Fernando Negrão é também uma incógnita, apesar de haver probabilidades de ser colocado em Setúbal, onde já foi cabeça de lista.

Viseu e Viana do Castelo estão também envoltas em incógnitas. No primeiro caso, é dado como provável que Fernando Ruas lidere a lista. No segundo, é apontado o nome de Jorge Mendes, presidente da Câmara de Valença, para encabeçar a candidatura. Em segundo lugar deverá ser reconduzida a deputada Emília Cerqueira e o terceiro lugar pode ser ocupado por João Montenegro, ex-diretor de campanha de Santana Lopes e antigo secretário-geral adjunto de Passos Coelho.

Em Faro, o atual deputado Cristóvão Norte é o nome desejado pela distrital e em Coimbra, a lista é liderada pela advogada Mónica Quintela.

As próximas semanas vão evidenciar as decisões da direção de Rui Rio e, consequentemente, vão deixar perceber se os críticos serão todos afastados ou se alguns se mantêm na bancada parlamentar a partir de outubro.

ZAP //

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