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Grécia alerta turistas para vírus mortal transmissível por picada de mosquito

Pedro Szekely / wikimedia

A Grécia alertou os turistas para o perigo do vírus do Nilo Ocidental (Culex pipiens), que é transmissível por picada de mosquito e pode ser mortal. O vírus já se alastrou até Itália, Roménia, Chipre e Sérvia.

No ano passado, registou-se um número de casos recorde de infeção pelo vírus do Nilo Ocidental. Este ano, o aviso já foi lançado aos turistas para que tomem determinadas precauções, de forma a evitarem a transmissão do vírus, que já se alastrou a outros países europeus. Só no ano passado foram infetadas 316 pessoas, com cerca de 50 a perderem a vida.

“Já houve casos suficientes para saber que esta é agora uma questão de saúde pública”, alertou Danai Pervanidou, que governa o escritório de doenças transmitidas por patógenos e parasitas. De acordo com Pervanidou, o vírus chegou à Grécia através de aves migratórias.

Como tal, a organização nacional de saúde pública, conhecida como Keelpno, recomenda que os visitantes usem mangas compridas, evitem lugares com água estagnada e usem mosquiteiros ou repelentes de mosquitos.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, segundo o Russia Today, já tinha alertado os britânicos que pretendessem visitar a Grécia a tomar uma série de “medidas preventivas” para evitar ou minimizar a exposição ao mosquito Culex pipiens, transmissor do vírus do Nilo Ocidental.

Regra geral, de acordo com os Centros dos EUA para Controlo e Prevenção de Doenças, os infetados não apresentam sintomas — com apenas 1% a desenvolverem uma doença grave. No entanto, dos 316 gregos infetados no ano passado, 243 manifestaram sintomas de doença neuroinvasiva, como encefalite, meningite ou paralisia aguda.

Segundo o jornal britânico The Guardian, o país mediterrânico espera receber 31 milhões de turistas este ano, pelo que estão a ser tomadas medidas para controlar um possível surto do vírus mortal.

“É impossível prever a área de circulação do vírus devido à sua complexa epidemiologia, mas sabemos que ela se deslocou das aldeias e zonas rurais para os grandes centros urbanos, incluindo a região de Ática [nas redondezas de Atenas] e Salónica“, disse Pervanidou.

ZAP //

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