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China pode proibir crianças de famílias “não confiáveis” de frequentar escolas de elite

(dr) Xinhua

O presidente da China, Xi Jinping, quer construir um sistema baseado no princípio: “Uma vez indigno de confiança, sempre restrito”.

A China pode proibir crianças de famílias apontadas como “indignas de confiança” pelo sistema de crédito social de frequentar escolas de elite. A mesma tecnologia tem sido usada para impedir passageiros de comprar bilhetes de avião ou de comboio pelo período de até um ano.

De acordo com o Independent, os cidadãos listados no sistema de crédito social foram acusados ​​de cometer transgressões financeiras ou legais. Esse sistema de avaliação e penalização está a ser testado na China há cerca de um ano.

Segundo Liu Guixiang, um membro do comité judicial da Suprema Corte do Povo, essas famílias podem enfrentar limites nas escolhas de educação dos seus filhos, o que os restringiria às escolas estaduais comuns.

Como informou o Daily Mail, se as taxas das escolas de elite forem mais altas do que as das escolas normais, a frequência na mesma é considerada pelo governo chinês um gasto de luxo. Nesse caso, as crianças são impedidas de as frequentar se as propinas forem pagas pela pessoa “desacreditada” no sistema de crédito social.

Liu Guixiang afirmou igualmente que o sistema não puniria ninguém de forma incorreta nem penalizaria membros da família a fim de pressioná-los, considerando que o sistema legal chinês é “muito civilizado”.

A iniciativa para colocar os cidadãos em listas restritas está de acordo com o plano do presidente chinês Xi Jinping de construir um sistema baseado no princípio: “Uma vez indigno de confiança, sempre restrito”.

No ano passado, o vice-presidente dos Estados Unidos (EUA), Mike Pence, denunciou-o como “um sistema Orwelliano, baseado no controle de praticamente todas as facetas da vida humana”.

As infrações incluem atos como espalhar informações falsas sobre o terrorismo e causar problemas nos voos, usar bilhetes vencidos ou fumar nos comboios. As pessoas podem também ser punidas por não pagar multas ou outras irregularidades financeiras.

A China negou estar a administrar “campos de concentração” na região de Xinjiang, afirmando que se tratam de “colégios internos”. Contudo, ativistas afirmam que mais de um milhão de pessoas, predominantemente muçulmanas, estão detidas em campos de detenção em massa na região.

TP, ZAP //

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