O Governo disponibilizou 40 milhões de euros através de uma linha de apoio para a limpeza de florestas. Contudo, a iniciativa, destinada a proprietários e empresas, não foi bem sucedida, não recebendo nenhuma candidatura até então.
“Até ao momento não houve adesão à Linha de Crédito”, confirmou o Ministério da Economia ao Jornal de Notícias, que avança a notícia esta segunda-feira. Ou seja, ainda ninguém pediu para usar parte dos 40 milhões disponibilizados para a limpeza de matos.
A linha já foi aberta há quase um ano e é gerida pela Sistema Português de Garantia Mútua. Dos 40 milhões de euros, 30 milhões são para as empresas (embora o o máximo que cada uma pode pedir de crédito seja de 500 mil euros) e 10 milhões para os proprietários (podendo cada um pedir até 100 mil euros).
Em declarações ao JN, o sector florestal queixou-se do excesso de burocracia para avançar com o crédito. “A informação não chega aos proprietários e, quando chega, há dificuldade no processo”, reclama Jorge Pinho, presidente da Associação Agro-Florestal e Desenvolvimento Rural (AgroDouro).
“Algumas das burocracias passam por ter documentos de georreferenciação dos terrenos ou cálculos de custos por área. Nos pequenos produtores, isso representa um custo de elaboração injustificável”, aponta ainda ao matutino.
Por sua vez, o Governo avançou que vai investigar ineficácia da linha de crédito. O prazo de limpeza obrigatória das matas termina a 31 de maio.