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Falsas presenças. Deputados vão ter de dizer “sim” após login no plenário

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Manuel de Almeida / Lusa

A partir desta quarta-feira, os deputados vão ter de fazer o login habitual e confirmar com um “sim” – para dizer que estão mesmo no plenário.

Depois das várias polémicas com presenças-fantasma, no final do ano passado, todas as bancadas do Parlamento concordaram com a introdução de um novo registo de presença em plenário, que fosse mais pessoal e intransmissível do que um simples login com recurso a uma password (que os deputados podiam facilmente partilhar com colegas de bancada).

O recurso a qualquer registo com dados biométricos foi rejeitado à partida e o modelo encontrado, que entra em vigor já esta quarta-feira, passa por apenas acrescentar um passo à autenticação, de acordo com as indicações que os deputados receberam via e-mail.

“Assim, após a inserção das credenciais (username e password), aparecerá o seguinte popup. Poderá registar a presença, premindo o botão “SIM”, ou, caso não pretenda registar a presença na reunião, deverá premir a cruz, no canto superior direito”, lê-se no email enviado aos deputados e a que o Observador teve acesso. Se o deputado carregar no “sim” tem de esperar 30 segundos até a sua presença ser efetivamente registada no sistema de informação para o plenário.

(dr)

Se, pelo contrário, carregar na cruz, o computador fica disponível para outro tipo de trabalho sem que tenha sido automaticamente registada a presença em plenário. “Neste caso, o sistema assinala que a presença não se encontra registada e poderá, em qualquer altura, efetuar o registo na sessão plenária. Para tal, bastará premir o botão “Presença por Registar” disponível no SIP ou reiniciar a sua sessão”, lê-se ainda no email.

“A alteração tem como objetivo evitar registos de presenças feitos inadvertidamente”. Em causa está o facto de, no início de novembro, o deputado e secretário-geral do PSD José Silvano ter sido registado por duas vezes em sessões plenárias quando, na verdade, estava a quilómetros de distância em eventos de representação partidária.

Uma deputada colega de bancada, Emília Cerqueira, veio admitir que tinha entrado no computador de José Silvano “para aceder a documentos de trabalho”. “Nunca me pediu, nem eu o fiz, ou se o fiz, fi-lo inadvertidamente”, disse em conferência de imprensa.

ZAP //

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12 Comments

    • Não…
      Antes, podia ser inadvertido, para aceder a documentos de trabalho.
      Agora que têm de clicar no “SIM”, já sabem. Como são todos honestíssimos e agora não há desculpa, niunguém mais vai “marcar presença” uns pelos outros.
      Não é óbvio???

  1. Muito inovador!!!
    Porque é que o registo com dados biométricos foi rejeitado para os deputados e está em vigor noutros serviços do Estado (ex. hospitais). Serão os deputados seres superiores? Ou esta é mais uma forma de poderem contornar o sistema?

  2. Lá vão passar a ter mais trabalho.
    Ter de carregar no sim para registar a presença do colega…e depois foi deixa de ser “inadvertido” para ser “distração”! Podiam estar distraídos a…sei lá…pintar a unhas!

    • Lá estão vocês, Pj e RatM…
      É mesmo querem ser “tendenciosos, incrédulos e maldizentes”.
      Então, é evidente que agora é mesmo IMPOSSÍVEL ser inadvertido e estar distraído… muito menos a pintar as unhas – onde é que já se viu?….

  3. o problema nao é o deputado dizer “sim”
    ele faz isso e depois pira-se da assembleia e vai trabalhar para a empresa e ai ja ganhou o dinheiro
    para acabarem com isto só ha uma soluçao. acabem com esse subsidio de presença
    o mesmo aconteceu com a vereadora da câmara que “mamou” duas presenças e por pouco minutos
    esteve na câmara (pouco tempo e nao acabou a reuniao) e depois foi para a assembleia para outra reuniao.
    so esteve meio dia em cada uma, mas ganhou como se estivesse um dia inteiro nas reunioes
    acabem com este subsidos e assim combatem a malandrice de estarem em 2 ou mais locais ao mesmo tempo

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