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Encontrado porta-aviões dos EUA naufragado na II Guerra Mundial

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Os destroços de um porta-aviões USS Hornet (CV-8) afundados há mais de 75 anos durante uma batalha da II Guerra foram encontrados no final de janeiro passado pelo navio de investigação e exploração submarina da Petrel.

De acordo com a empresa de exploração subaquática, o casco foi encontrado no fundo do Oceano Pacífico a 5400 metros de profundidade perto das Ilhas Salomão.

Nas fotografias divulgadas pelos especialistas, pode ver-se que, apesar de ter passado quase um século nas profundezas do mar, o casco e muitos dos pequenos objetos que seguiam a bordo encontram-se em bom estado de conservação.

Este não é o primeiro navio encontrado pela equipa da Petrel, que faz parte de um dos projetos filantrópicos de Paul Allen, o bilionário e co-fundador da Microsoft que faleceu a 16 de outubro. Entre as iniciativas financiadas pelo empreendedor, estão o programa Search for Extraterrestrial Intelligence (SETI) e o Stratolaunch, a maior aeronave do mundo.

“Tínhamos o Hornet na nossa lista de navios da II Guerra que queríamos localizar devido ao seu lugar na história como um porta-aviões que vivenciou muitos momentos importantes em batalhas navais”, explicou Robert Kraft, diretor de operações submarinas da Vulcan, outra das empresas de Allen.

A missão da Petrel visa procurar e documentar naufrágios históricos, debruçando-se com especial atenção no período da II Guerra Mundial. A empresa possuiu equipamentos muito avançados tecnologicamente, incluindo dois veículos subaquáticos, um dos quais autónomo e outro operado remotamente.

Este navio norte-americano foi atingido por torpedos em vários bombardeamentos japoneses em 26 de outubro de 1942 durante a Batalha das Ilhas Santa de Cruz, um dos maiores confrontos marítimos de que há registo. Das quase 2200 pessoas que formavam a tripulação do USS Hornet, 140 morreram neste dia. Os restantes tripulantes conseguiram sair do navio a tempo.

“Quando [os japoneses] partiram, nós estávamos mortos na água”, disse Richard Nowatzki, um artilheiro do navio norte-americano que sobreviveu ao à batalha. Em declarações à CBS, Nowatzki explicou que os japoneses utilizavam “bombas perfurantes” que assim que explodiam faziam “tremer o navio inteiro”.

“Eu sei que sou um homem de sorte”, confessou. “Na verdade, o facto de vocês conseguirem encontrar estes navios é surpreendente para mim (…) Quero agradecer-vos por me honrarem desta forma”, rematou.

ZAP //

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