O Aliança, liderada por Pedro Santana Lopes, reúne-se este fim de semana em congresso fundador com a eleição dos órgãos do partido, entre os quais a Direção Política Nacional, na ordem de trabalhos.
São mais de mil os delegados, observadores e convidados esperados para o primeiro congresso do partido Aliança.
Pedro Santana Lopes, que vai apresentar ao país o programa do partido e quer provar que “o Aliança não é de um homem só“, intervirá pelo menos em dois momentos – no sábado, a seguir ao almoço, e no encerramento do congresso, no domingo.
Na moção que leva ao congresso, “Um país às Direitas”, o presidente do novo partido clarifica quer ir a votos em todas as eleições: Europeias, Regionais da Madeira, Legislativas e Autárquicas de 2021.
Nas primeiras declarações ao congresso, na manhã de sábado, Pedro Santana Lopes confessou sentir alguma “emoção”, mas “sem pieguices”. “É especial, é muito especial, mas sem pieguices, sem pieguices. Mas com certeza que dá alguma emoção”, afirmou o líder do Aliança aos jornalistas, à entrada para o congresso do partido.
Questionado se sentia alguma nostalgia pelo PPD/PSD, partido que chegou a liderar e do qual saiu em agosto do ano passado para criar o Aliança, Santana Lopes disse que não. “Gosto de honrar todos aqueles com quem partilhei combates e respeitá-los e, por isso, ninguém me ouve, nem ouvirá, dizer mal das ‘casas’ onde já estive“.
Pedro Santana Lopes manifestou-se bem-disposto perante ““este momento extraordinário, de uma realização exigente, de um partido que nasceu há três meses e tal. Ainda não entrei, mas dizem-me que o que está lá dentro é a prova dessa capacidade de trabalhar e trabalhar muito”, vincou, insistindo tratar-se de “um momento especial”.
Estatutos e regulamento eleitoral aprovados
O Congresso fundador do Aliança aprovou entretanto, por unanimidade, os estatutos, a declaração de princípios, o regulamento eleitoral e o símbolo do partido. Depois da aprovação dos estatutos, a presidente da Mesa do Congresso, Ana Costa Freitas, declarou que o Aliança “acabou de nascer”.
No texto, é indicado que o partido terá a sigla “A”, e é “inspirado nos princípios e valores do personalismo, liberalismo e solidariedade, no respeito pela Constituição da República Portuguesa, na dignidade da pessoa humana e na afirmação da vontade popular para a construção de uma sociedade mais livre, mais justa e mais solidária”.
De acordo com os estatutos do partido, o “símbolo constitui-se pela palavra ‘Aliança’ em cor azul escrita em itálico e em maiúsculas, composta com cedilha no ‘C’ em forma de triângulo de cor cinzenta”.
Já a declaração de princípios indica que a Aliança “assenta a sua matriz em três eixos fundamentais: personalismo, liberalismo e solidariedade”.
Após as votações, um dos congressistas perguntou se poderia propor uma alteração, mas a presidente da mesa remeteu esse pedido para outro momento, indicando que os documentos seriam postos à votação como estavam escritos.
Congresso para todos
Além dos discursos de Santana Lopes, para sábado à tarde estão previstas, para já, intervenções do cabeça-de-lista às eleições europeias, Paulo Sande, do embaixador António Martins da Cruz, e de um representante da CAP.
“Todas as pessoas que cumpram com os requisitos estatutários podem ser militantes”, referiu à Lusa uma fonte do Aliança, que aponta que a nova formação política “é um partido bastante heterogéneo em termos de classes sociais, género e idades”.
“Não temos qualquer orientação em termos de perfil e não discriminamos ninguém”, continuou a fonte, referindo, porém, que do “Aliança fazem parte as pessoas que se identificam com os princípios do partido”.
O primeiro congresso nacional do Aliança decorre este sábado e domingo, na Arena de Évora. Este sábado, tem lugar a apresentação da declaração de princípios, estatutos e programa do partido, além do regulamento eleitoral e da moção de estratégia global.
Neste dia, serão também divulgados os símbolos, o hino, a marcha e “outras músicas” do Aliança. Durante a tarde, será discutida a moção estratégica global e, à noite, prevê-se a votação do documento.
Neste congresso fundador, o Aliança irá escolher os seus órgãos, decorrendo as votações no domingo durante a manhã. Está nesse dia prevista a eleição da Mesa do Congresso, da Direção Política Nacional e do Senado Nacional, um órgão “com alguma proximidade” ao Conselho Nacional (órgão máximo dos partidos entre congressos). De Évora deverá sair ainda o Gabinete de Auditoria e a Comissão Jurisdicional.
Segundo o regulamento eleitoral, “as listas de candidatos deverão ser apresentadas ao presidente da Mesa do Congresso Nacional até às 23:00 do dia 09 de fevereiro” e as votações “são obrigatoriamente feitas por escrutínio secreto”. “O mandato de qualquer dos órgãos é de três anos”, é referido no documento.
De acordo com o regulamento do congresso, “o presidente da Direção Política Nacional e candidatos a presidente do partido usarão da palavra sem limite de tempo para apresentação da moção de estratégia global, bem como, o presidente eleito, no encerramento dos trabalhos ou quando o solicitar ao presidente da Mesa”.
Já o representante de cada Comissão Instaladora Distrital poderá intervir durante três minutos. Segundo o regulamento, “aos restantes oradores será atribuído o tempo que resultar da divisão do tempo disponível pelos inscritos, não podendo exceder três minutos a nível individual”, não sendo permitida cedência de tempo entre oradores.
ZAP // Lusa
Que haja mais de mil palermas não me surpreende; o que me surpreender é ver alguns a dizer que estão lá porque estão desiludidos com a política em Portugal!
Ou seja: estão desiludidos e foram juntar-se a um político profissional que foi uma nulidade e só fez merd@ durante toda a sua vida politica?!
Enfim…
É mesmo disto que Portugal precisa. O maior lobista portugues a criar outro partido de esquerda
Mais um à procura de novo tacho!
O partido nasceu e qualquer dia será enterrado. Até porque o seu fundador promete lutar contra coisas com as quais pactuou… e muito. E há buracos que ainda estão para ver a luz do dia.