Presos primeiros suspeitos do assassinato de Marielle Franco

jeso.carneiro / Flickr

A vereadora brasileira Marielle Franco

Nove meses depois da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, a polícia civil cumpriu, na quinta-feira, mandados de prisão e busca ligados ao crime.

De acordo com a TV Globo, os agentes da Divisão de Homicídios estão atrás de 15 endereços. No Rio de Janeiro, as equipas estiveram na Zona Oeste do Rio; em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense; em Petrópolis, na Região Serrana; e em Angra dos Reis, na Costa Verde.

Os mandados emitidos pela Justiça visam milicianos, alguns deles intimados a depor e outros para prisão preventiva. Os suspeitos estarão a ser investigados em inquéritos independentes do caso da morte da vereadora, assassinada em março, mas estarão relacionados com o crime.

Marielle e Anderson foram mortos a 14 de março. Desde então, as autoridades brasileiras já garantiram que o inquérito estava perto do fim cinco vezes, mas pouca informação concreta foi divulgada.

Segundo a Folha de São Paulo, a principal linha de investigação continua a apontar para o vereador Marcello Siciliano, como mandante do crime. Este teria alegadas desavenças com Marielle, mas ele nega desde o primeiro momento. A polícia estará a seguir também outras pistas.

Marielle Franco, nascida e criada na favela da Maré e eleita pelo Partido Socialismo e Liberdade, vinha de um encontro com mulheres e ativistas negras quando foi morta por volta das 21h00. Ia acompanhada da assessora, numa viatura conduzida por Anderson Gomes. Imagens de câmaras de segurança mostraram que o carro foi perseguido por duas viaturas.

Poucos quilómetros depois, no centro do Rio, uma delas encostou no carro onde seguia a vereadora. Do banco de trás foram disparados 13 tiros, dos quais quatro atingiram Marielle, no pescoço e na cabeça, e três as costas de Anderson. Os dois faleceram imediatamente. A assessora escapou sem ferimentos graves.

Marielle, de 38 anos, era uma estrela política em ascensão, pré-candidata a vice-governadora nas eleições do passado mês de outubro e dada como eventual prefeita do Rio de Janeiro ou como deputada federal em Brasília.

ZAP //

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