O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian, pediu este domingo a Donald Trump para não se imiscuir nos assuntos internos franceses, após o presidente ter feito críticas relacionadas com os “coletes amarelos”.
“Digo a Donald Trump e o presidente da República Emmanuel Macron diz-lhe igualmente: nós não participamos nos debates norte-americanos, deixe-nos viver a nossa vida”, declarou Le Drian numa entrevista televisiva ao ser questionado sobre mensagens do presidente dos Estados Unidos no Twitter.
Trump voltou a criticar no sábado o acordo de Paris sobre o clima, considerando que o movimento dos “coletes amarelos” em França é a prova de que o pacto “não funciona”. “O acordo de Paris não funciona assim tão bem para Paris. Manifestações e tumultos por toda a França”, escreveu o presidente dos Estados Unidos.
O movimento dos “coletes amarelos”, que se iniciou contra o aumento do preço dos combustíveis, juntou no sábado cerca de 125 mil pessoas em protestos em toda a França no quarto grande dia de manifestações. Um total de 1.723 pessoas foram identificadas e 1.200 foram detidas, tendo sido registados 135 feridos.
“As pessoas não querem pagar muito dinheiro aos países subdesenvolvidos, com o objetivo de talvez proteger o ambiente”, disse o Presidente dos Estados Unidos.
Esta não foi a primeira vez que Trump falou sobre o movimento. Na terça-feira passada tinha ironizado sobre as concessões feitas por Emmanuel Macron aos “coletes amarelos”, considerando que o acordo de Paris estava condenado ao fracasso. O Presidente norte-americano disse ainda que os manifestantes em França “cantam ‘nós queremos Trump’”.
Macron fala aos franceses esta segunda-feira
Emmanuel Macron vai dirigir-se à nação na segunda-feira às 20h00 (19h00 em Lisboa), anunciou este domingo o Eliseu, após o silêncio em relação às últimas manifestações dos “coletes amarelos”.
Esta será a primeira intervenção pública de Macron na sequência das últimas manifestações dos “coletes amarelos”, já que foi o primeiro-ministro, Edouard Philippe, quem deu a cara na gestão dos protestos que assumiram momentos de grande violência. Durante a manhã, Emmanuel Macron vai reunir-se com os sindicatos, entidades patronais e altas instituições do Estado”.
No sábado, o primeiro-ministro francês tinha anunciado que Emmanuel Macron iria propor “medidas” que visam “recuperar a unidade nacional”. “O Presidente da República vai falar. Vai propor medidas que vão contribuir para o diálogo e que permitirão que a nação francesa se encontre e esteja à altura dos desafios que existem e que vão continuar a surgir nos próximos anos”, disse o chefe do Governo no sábado.
ZAP // Lusa
Ó Jean Yves, toma rennie que isso passa! – deve ser extremamente difícil admitir que esse acordo é mesmo um fiasco!
Este Trump é mm burro…