/

Mais de 250 pessoas morreram a tirar uma selfie

1

Da próxima vez que estiver no cimo de um penhasco ou no topo de uma cascata, pronto para tirar uma selfie para partilhar nas redes sociais, tenha algum cuidado. Pode vir a ser a última coisa que faz em vida.

Segundo o Science Alert, que cita um estudo de investigadores do All India Institute of Medical Sciences, em Nova Deli, mais de 250 pessoas morreram, nos últimos seis anos, enquanto tiravam uma selfie.

A equipa analisou 259 mortes relacionadas com este tipo de fotografia, entre outubro de 2011 e novembro de 2017. Os resultados foram agora publicados na revista científica Journal of Family Medicine and Primary Care.

Deste número, os cientistas descobriram que a principal causa de morte foi afogamento, seguido por incidentes que envolvem transportes – por exemplo, ao tirar uma selfie à frente de um comboio que se estava a aproximar – e cair de alturas elevadas. Outras causas também estão relacionadas com animais, armas e eletrocussão.

“As mortes relacionadas com selfies tornaram-se um grande problema de saúde pública”, afirma Agam Bansal, autor principal do estudo, em declarações ao Washington Post.

“Se estiver apenas parado a tirar uma fotografia com alguma coisa ou alguém, isso não é prejudicial. Mas se a selfie está associada a um comportamento de risco, então é isso que a torna perigosa”, acrescenta.

O estudo descobriu que a Índia é o país que lidera a tabela com mais vítimas mortais, seguida por nações como a Rússia, os EUA e o Paquistão e ainda que este tipo de morte envolve pessoas muito jovens: mais de 85% das vítimas estava na faixa etária entre os 10 e os 30 anos de idade.

“O que me preocupa mais é que esta é uma causa de morte totalmente evitável. Fazer parte destes números só porque queremos a selfie perfeita, com muitos gostos, partilhas no Facebook, Twitter ou outras redes sociais, não acho que valha a pena comprometer a nossa vida por coisas dessas”.

Embora o número de mortes relatadas no estudo possa parecer alto, Bansal acredita que podem haver muitos mais casos que ainda não foram documentados ou reportados.

ZAP //

1 Comment

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.