Investigadores norte-americanos estão a desenvolver uma aplicação para ajudar a reduzir o preocupante número de pessoas que todos os anos morrem por causa de uma boa selfie.
Os investigadores norte-americanos descobriram que o primeiro registo de alguém que morreu a tirar uma selfie aconteceu em março de 2014, escreve a BBC.
Desde aí, Hemank Lamba e a sua equipa, da Universidade de Carnegie Mellon, em Pittsburgh, descobriram que foram registadas 127 mortes em todo o mundo. Através de um levantamento, o grupo aponta para 15 mortes em 2014, 39 em 2015 e, só nos primeiros oito meses deste ano, o número já vai em 73.
Relativamente à distribuição geográfica, os investigadores detetaram que a maioria destas mortes ocorreram na Índia (76), no Paquistão (9), nos Estados Unidos (8) e na Rússia (6).
Segundo a equipa de investigação, a causa destas mortes é, na sua maioria, provocada por quedas de grandes alturas, ou seja, pessoas que estão dispostas a subir a grandes penhascos ou a topos de edifícios só para impressionar os seus seguidores. No entanto, também constam da lista as fotos que envolvem linhas ferroviárias e comboios, bem como o uso de armas.
Longe vão os tempos das redes sociais em que bastava uma fotografia em frente ao espelho para conseguir milhares de gostos.
Exemplo desse fenómeno, escreve a emissora britânica, é Kirill Oreshkin, um russo conhecido pelas suas imagens arriscadas e que é seguido por mais de 18 mil pessoas.
Outros utilizadores do Instagram também conquistaram o mundo com fotos em cima de edifícios altos. Um desses casos é Drewsssik, um jovem que morreu no ano passado depois de cair de um prédio.
O aplicativo desenvolvido por Hemank, ainda em fase de testes, pretende avisar quando as pessoas estão numa situação de risco.
Através do mapeamento dos locais e das causas destas mortes, a equipa espera que a app seja capaz de identificar quando alguém está a arriscar a vida apenas por uma boa fotografia.
Para isso, testaram três mil selfies através de um algoritmo com uma taxa de sucesso de mais de 70%, destacam.
Por enquanto, os investigadores estão a estudar a melhor forma de introduzir a aplicação na vida dos utilizadores e o método mais eficaz para fazer o alerta.
Veja as 25 selfies mais perigosas de sempre:
ZAP / BBC