As assembleias de voto abriram hoje às 8h (6h em Lisboa) para a realização do referendo na Crimeia, cujos habitantes decidem entre voltar a ser parte da Rússia ou manter-se um território da Ucrânia, com mais autonomia.
Um milhão e meio de eleitores são chamados às urnas, ainda que a minoria muçulmana tártara (12% da população) tenha decidido boicotar a consulta. O referendo foi contestado pelo Ocidente e por Kiev, mas definido como “legítimo” por Moscovo, que vetou ontem uma resolução da ONU que pretendia denunciar o plebiscito.
Mais de 1.200 assembleias de voto vão estar abertas em toda a Crimeia até às 20h (18h em Lisboa).
Os cidadãos terão que responder a duas perguntas:
- É a favor de voltar a unir a Crimeia à Rússia como parte constituinte da Federação Russa?
- É a favor de restabelecer a Constituição de 1992 da República da Crimeia (autónoma) e manter o estatuto da Crimeia como parte da Ucrânia?
A Crimeia é um território no sul da Ucrânia que pertenceu à Rússia durante séculos, até ser “oferecido” à Ucrânia, na altura parte da União Soviética, em 1954. A maioria da população da península (58%) fala russo e identifica-se como sendo de etnia russa, contra apenas 24% de etnia ucraniana, o que poderá ser definitivo no resultado destas eleições.
ZAP
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