/

Só metade dos comboios da CP está a funcionar

11

Fernando Moital / Flickr

A Comboios de Portugal só tem metade de toda a sua frota a funcionar. Dos 795 comboios da empresa, apenas 374 estão em funcionamento, aponta o Relatório e Contas de 2017.

De acordo com o Correio da Manhã, que avança com a notícia esta segunda-feira, o documento aponta a compra de material circulante como “prioridade” para 2018. No entanto, segundo noticiou o Público neste domingo, o Governo só estaria disposto a comprar 22 comboios para o serviço regional da CP – deixando de fora o reforço de operação de longo curso, o Intercidades e o Alfa pendular.

Face às notícias avanças, o Ministério do Planeamento reagiu em comunicado, dizendo que o processo de compra estava a ser preparado para os serviços suburbanos, regionais e de longo curso. O executivo não concretizou, no entanto, quantos veículos esta compra iria envolver.

O jornal Público colocava o cenário de uma possível privatização do serviço de longo curso. Pedro Marques, ministro do Planeamento, assegurou ser “fantasioso o cenário de privatização de qualquer atividade da CP”.

No relatório de 2017, o presidente da Comboios de Portugal, Carlos Nogueira, mostrava-se preocupado com “liberalização do mercado nacional do transporte ferroviário de passageiros”, que abriria o mercado às empresas estrangeiras.

Fonte oficial do Governo, citada pelo CM, explicou que esta liberalização acontecerá a nível europeu, não tendo “qualquer relação” com uma eventual privatização da CP.

O Relatório e Contas da CP mencionava ainda que os níveis de pontualidade da empresa têm vindo a diminuir.

A CP tem enfrentado alguns problemas com falhas e supressão de linhas, chegando-se a descrever uma situação à beira do colapso. Foi anunciado que no próximo mês de Agosto, a CP vai reformular os horários, passando, inevitavelmente por uma redução da oferta, com menos comboios em praticamente todas as linhas e serviços.

Também em agosto, deixa de haver o primeiro comboio Alfa Pendular do dia a realizar o percurso de Lisboa ao Porto.

ZAP //

11 Comments

  1. Uma empresa falida à vários anos com salários e regalias escandalosas comandada pelo sindicato não cumprindo devidamente os serviços públicos como seria seu dever, penso que ninguém com consciência imaginaria que este estado de coisas iria perdurar eternamente, o dinheiro não chega para tudo e se qualquer empresa dá prejuízo é sabido que o seu destino será este, falência!.

      • Pelos vistos o meu caro amigo nunca se enganou, por outro lado eu tenho a 4ª classe e posso-me orgulhar de discutir a tabuada com os senhores doutores formados actualmente nas nossas universidades, portanto fique-se com a sua sabedoria e eu ficarei com a minha!.

  2. A CP é um dos maiores elefantes brancos nacionais !
    Uma mistura de sindicalismo selvagens, com uma gestão ruinosa, em que a maior parte do investimento é sugado pelas mordomias e complementos do pessoal, uma empresa sobre dimensionada com custo de exploração insuportáveis. A típica Empresa Pública deficitária e sobrevivendo com os impostos dos cidadãos.
    Felizmente a UE vai abrir a concorrência aos restantes países da UE e já se fala no colapso da CP.

    • A fim de melhorar o serviço, a Oferta de melhores condições e qualidade nos comboios e de linhas obsoletas. Venham os espanhóis.

  3. Havia a Sorefame, que fabricava e reparava material ferroviário…depois vieram os sindicatos e hoje passou à história. Mas como a Sorefame houve muitos mais exemplos assim!
    Se calhar a CP vai pelo mesmo caminho.
    E com toda a lenga lenga dos direitos adquiridos de muita gente (públicos e privados), um dia o rectângulo fecha de vez!

  4. O problema da CP é que criou muitos elefantes brancos..veio a refer, depois empresas das vias…ou seja, dividiu-se a CP que esmiuçavam alguns abutres para várias empresas e daí criaram mais abutres! A CP foi um elefante branco que se deixou “comer” por aquilo que criou,,,Enfim..as universidades pelos vistos devem estar orgulhosos destes gestores e administradores! Ou lhes ensinaram bem demais a esmiuçar ou então foram lá tirar o “canudo” para fazerem o contrário nas empresas…

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.