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PSD vai de trapalhada em trapalhada numa “tendência suicida”

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António Cotrim / Lusa

Luis Marques Mendes

Foi “mais uma semana de descoordenações no PSD”. Quem o diz é Marques Mendes, no seu habitual espaço de comentário na SIC, criticando as “trapalhadas” do seu partido e a “falta de liderança” de Rui Rio.

Marques Mendes diz que o PSD esteve envolvido em várias “trapalhadas” ao longo da semana, citando as divergências de opinião entre Rui Rio e o vice-presidente David Justino no caso dos professores, as opiniões distintas entre o líder social-democrata e o seu conselheiro Silva Peneda no caso do Orçamento de Estado, e ainda a polémica em torno da votação parlamentar sobre o fim do adicional do imposto sobre os produtos petrolíferos.

Para Marques Mendes, é evidente que há “falta de liderança”. “Se houvesse liderança a sério, havia coordenação”, salienta o comentador da SIC, concluindo que “o PSD está em auto-gestão”.

O ex-líder social-democrata fala de uma “desafinação total” e de uma “tendência suicida” do PSD. Quando o PS está em dificuldade e em queda nas sondagens, o PSD, em vez de aproveitar, dá tiros nos pés”, constata.

Marques Mendes também critica o facto de Rui Rio “teimar” em “nunca fazer uma crítica a António Costa”, criticando sempre o Governo, mas nunca o primeiro-ministro. Além disso, admite “amiúde que o PSD vai perder as eleições”. “São dois erros crassos, porque desta forma o PSD não gera uma dinâmica de vitória, e depois, porque estas atitudes legitimam as suspeitas que entre Costa e Rio passa a ideia de um futuro Bloco Central”, refere.

Sobre a votação do fim do adicional ao imposto sobre os produtos petrolíferos, Marques Mendes salienta que foi “uma loucura” e um “exercício de completa demagogia e leviandade” por parte “de todos os agentes políticos”.

De um lado, “o Governo falhou a palavra” e “ficou-se pela demagogia”, diz o comentador. Mas do outro, CDS e PSD “criam a expectativa de que com esta lei o preço dos combustíveis pode baixar este ano, mas sabem que isso é impossível” porque “esta lei é inconstitucional”.

E há ainda o PCP e o BE que tentam “agradar a gregos e a troianos”, e sabem que “estão a ser desleais com o Governo que apoiam, com o Orçamento que aprovaram e com a Constituição que dizem respeitar”, sublinha Marques Mendes.

O comentador conclui que estão já todos “em campanha eleitoral”, com “a demagogia à solta” e “o vale tudo” como regra.

ZAP //

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2 Comments

  1. Ò anão intelectual Mendes, o que tu querias sei eu… Querias ao leme do PSD, a família santano-cavaquista do partido, à qual pertences. Esquece lá filho… Este país tão cedo não vira para o neo-liberalismo corporativista em que vivemos na Era Cavaquista e Passista.

    Ainda que o poder corporativo continue a exercer a sua influência encomendando leis ao Governo, com a ajuda das grandes sociedades de advogados, enquanto houver geringonça, há algum filtro a esse cancro. Depois das próximas legislativas, se o tão desejado (por grande parte do PS e do PSD) bloco central se instalar, aí já não digo nada.

  2. Esta falta de coordenação que fala Mendes vê-se nas empresas e em diversas outras áreas quando as chefias são fracas e puxa um para cada lado.

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