Este será o terceiro e o maior leilão para vender madeira ardida proveniente de matas nacionais afetadas pelos incêndios de outubro. O Governo espera arrecadar mais de 25 milhões de euros.
Segundo o jornal i, está marcada para esta quinta-feira a venda por hasta pública para vender a madeira ardida proveniente de matas nacionais, incluindo a do Pinhal de Leiria, afetadas pelos incêndios de outubro do ano passado.
Em causa estão 114 lotes de material lenhoso o que, de acordo com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, abrange mais de um milhão e 200 mil árvores, sobretudo pinheiro-bravo, mas também acácia, eucalipto, pinheiro-manso e silvestre, carvalhos e castanheiros.
Este é o terceiro leilão com madeira atingida pelos fogos e vai decorrer no Instituto Português da Juventude, em Viseu. A expectativa do Governo, segundo o Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, é arrecadar entre 25 e 35 milhões de euros, uma verba que será reinvestida na floresta pública.
De acordo com o jornal, a base de licitação dos 114 lotes em causa tem um valor mínimo de 4,5 milhões de euros e mais de um quinto das árvores estão localizadas na Mata Nacional de Leiria, onde estão situados os lotes com o preço de licitação mais elevado.
Segundo o i, a hasta pública agendada para hoje é a mais ampla até ao momento e volta a colocar à venda a maioria dos lotes que não tiveram licitações há dois meses.
Recorde-se que, no início deste mês, a TVI lançou uma reportagem na qual alegou que o incêndio no Pinhal de Leiria terá sido provocado por mão criminosa, cumprindo um plano traçado por madeireiros e donos de fábricas da região.
De acordo com o canal televisivo, tanto o incêndio que consumiu praticamente todo o pinhal como a falta de licitações nas últimas hastas públicas têm na base uma concertação de madeireiros para fazer baixar os preços.
Em declarações à TSF, a Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente desmente esta ideia de “cartelização dos madeireiros” e teme que o novo leilão volte a não ter os candidatos pretendidos pelo Estado.
Tal como na primeira hasta pública, a associação explica à rádio que os madeireiros estão com um problema de excesso de madeira queimada e sem mãos a medir com tanto trabalho a cortá-la e a retirá-la dos terrenos, nem forma de a escoar.
Segundo a Renascença, os incêndios de outubro atingiram 36 concelhos da região Centro, fizeram 49 mortos e cerca de 70 feridos e destruíram, total ou parcialmente, perto de 1.500 casas e cerca de 500 empresas.
Incêndios de Outubro 2017
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26 Abril, 2018 Estado prevê ganhar mais de 25 milhões com leilão de madeira queimada
mais uns senhores que nao sabem fazer contas
fazer contas antes do fim
ha um tempo atras era o passos coelho a pensar que ia encaoxar nao sei quantos milhoes quando criou a lei dos sacos de plastico. na volta, as empresas conseguiram fugir à lei e os cofres do estado ficaram a chuchar no dedo
este anos é com a madeira queimada, estimaram que iam receber 25 milhoes, mas afinal parece que so fizeram 2,5 milhoes.
é o resultado de fazer as contas antes do final. mais uma ideia que foi desastrosa
todos sabemos que os incendios têm algo de estranho por tras (pagar a madeira a baixo custo) e como todos sabem, esperam por estes leiloes
por mim estas madeiras de incendios duvidosos, era toda para a destruiçao. podia ser que acabassem com alguns incendios