Ouvido no Parlamento, o presidente do Laboratório Nacional de Engenharia Civil admitiu que, se não houver obras será necessário impor restrições à circulação do comboio que cruza a Ponte 25 de Abril.
Carlos Pina, presidente do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) que identificou o risco de colapso da Ponte 25 de Abril, foi ao Parlamento falar sobre o agravamento das falhas estruturais identificadas na ponte. Sem intervenção para as corrigir, o tráfego ferroviário terá que ser reduzido.
“Se não houvesse obras, admito que em quatro ou cinco anos seria necessário impor alguma restrição, o que no caso da 25 de Abril seria o comboio” que, aponta, é o principal fator de desgaste da estrutura.
Algumas das possíveis restrições sinalizadas por Carlos Pina seriam comboios de passageiros com menos carruagens e diminuição ou eliminação do tráfego de mercadorias.
Carlos Pina aproveitou também para reafirmar a total segurança da Ponte 25 de Abril para a circulação atual de automóveis e comboios. E explicou que a expressão usada em relatórios técnicos de monitorização da estrutura de “risco de colapso a curto prazo”, refere-se a alguns elementos da estrutura e não à própria estrutura.
O significado da palavra “colapso”, que aparece no relatório do Instituto de Soldadura e Qualidade, citado na notícia inicial da revista Visão, e não num documento do LNEC, suscitou aliás uma acesa discussão entre os deputados, conta o Observador.
Em resposta ao deputado do CDS, Hélder Amaral, o presidente do LNEC explicou que as anomalias no comportamento estrutural da Ponte 25 de Abril foram detetadas em 2011. Em 2014 foi identificada a necessidade de realizar uma intervenção de fundo, tendo-se iniciado a preparação do projeto.
Carlos Pina revelou que a projetista da ponte, a empresa americana Parsons, chegou a sugerir que a intervenção fosse realizada com uma forte restrição do tráfego, cenário que foi afastado.
Os problemas detetados, e que estiveram ser a monitorizados, prendem-se com as treliças que suportam os tabuleiros rodoviário e ferroviário. Estes elementos têm duas ligações à viga principal da ponte, uma fixa, e outra que deveria deslizar para se ajustar aos grandes movimentos a que ponte é sujeita e que foram especialmente acentuados com a introdução do comboio na viragem do século.
Com o desgaste da infraestrutura, essas componentes ficaram imóveis, dando origem às tais fissuras, que se verificam sobretudo nas ligações ao tabuleiro superior, o rodoviário. Estas falhas vão-se agravando com o tempo se nada for feito para corrigir o problema.
PCP quer nova ponte sobre o Tejo
De acordo com a Renascença, o PCP considera “absolutamente necessário” construir uma terceira travessia sobre o Tejo.
O deputado do PCP Miguel Tiago defende que “essa é a mais razoável das propostas que possam existir” e a situação de risco revelada pelo LNEC em relação à ponte 25 de abril “comprova que faz cada vez mais sentido começar a pensar nessa travessia”.
Miguel Tiago avisa que, da parte do PCP, “há intenção de continuar a pressionar para que esse projeto se concretize o mais rapidamente possível” e que essa pressão vai existir “independentemente dos governos”.
O deputado nota que “PS, PSD CDS optam por um modelo de investimento que acaba por implicar as parcerias público-privadas” e que essa “não é” a opção dos comunistas, mas “ainda assim neste momento concreto é necessário avançar com essa travessia”, acrescenta.
Se esta ponte tem reparação para quê nova? Não iniciam obra porquê? Estão á espera que haja um colapso? Sim porque quando PS está no governo é colapsos uns atrás dos outros e depois não se passou nada nem ninguém é responsável! Quem se LIXA é sempre o Povo que paga impostos p/ andar a manter esta gentalha da classe politica.
Amigo, com uma nova ponte o tráfego na actual ponte iria diminuir e por conseguinte a reparação seria mais efectiva. A palavra “colapso” como diz o relatório é de partes pontuais da estrutura e não da ponte. Pagamento de portagens na ponte sim, mas o valor esse para a manutenção da mesma e não para empresas que recebem uma parte significativa desse valor com um contrato feito por um ministro que depois passou para essa empresa. Venha a nova travessia que já tem estudo prévio feito e pago por todos os portugueses. Siga para concurso publico.