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Le Pen terá usado sete milhões de euros dos contribuintes europeus para se financiar

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Marine Le Pen pode ter desviado de forma indevida sete milhões de euros dos contribuintes europeus para financiar as suas atividades.

De acordo com o jornal Público, Marine Le Pen é acusada de ter desviado sete milhões dos contribuintes europeus, nomeadamente tendo inscrito como assistentes dos eurodeputados pessoas que na verdade trabalham na sua sede em Paris ou cumprem outras funções num novo processo judicial.

Os juízes de instrução procuram determinar se foi de facto organizado um sistema de desvio de fundos do Parlamento Europeu para benefício do partido e da própria Le Pen. Inicialmente, o caso era investigado apenas desde 2014, mas segundo o Journal  du  Dimanche (JDD), foi alargado a um período anterior, de 2009 a 2012 – quando o líder da FN era Jean-Marie Le Pen, o pai de Marine.

O tesoureiro e advogado do partido, Wallerand de Saint Just, já negou qualquer intenção de dolo.

No entanto, Saint Jus fala na possibilidade de terem existido “erros involuntários“. Os eurodeputados podem ter cometido erros nos gastos com os assistentes parlamentares “devido à regulamentação muito densa do Parlamento Europeu”.

No entanto, segundo descreve o Público, em causa não estarão erros pequenos, mas sim a remuneração, por exemplo, de Catherine Griset como assistente parlamentar. A chefe de gabinete de Le Pen trabalha na sede do partido, em Nanterre, nos arredores de Paris, e não em Estrasburgo ou Bruxelas. Além disso, os registos de entrada nos edifícios do PE mostram que nunca passou lá muito tempo.

Além disso, também o guarda-costas de Marine Le Pen, Thierry Légier, também terá sido remunerado como assistente de eurodeputados da FN.

Especialmente gravoso para Le Pen parece ser o testemunho prestado à polícia  por Charles Van Houtte, que durante alguns anos foi assistente  para a contabilidade da FN no Parlamento Europeu e também administrador do grupo Europa das Nações e das Liberdades. Houtte confirmou que os contratos de Griset e Légier eram fictícios, o que Le Pen sempre negou.

Este é o processo judicial que pode prejudicar mais a presidente da Frente Nacional, embora seja visada num outro que é bastante polémico, relativo à partilha no Twitter de fotos de execuções de reféns do Daesh. Um deles mostra a morte do fotojornalista norte-americano James Foley, outro o do piloto jordano Moz Al-Kasasbeh.

ZAP //

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1 Comment

  1. Para fazer tal vigarice tem certamente muitos mais em Bruxelas a trabalhar para o mesmo fim! Andam todos a mamar da mesma teta!.

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